Zaask, a plataforma portuguesa onde se contratam profissionais locais
A plataforma de contratação com base em localização cresceu 200% no ano passado e estima um retorno para a comunidade na ordem dos 25 milhões de euros. Luís Pedro Martins, CEO da Zaask, explica o fundamento deste negócio: como garantem a qualidade dos profissionais e as questões de segurança e privacidade.
A Zaask fornece um diretório de profissionais que podem ser contratados para vários serviços num raio de 1 a 500 quilómetros. Se não forem de qualidade o negócio não cresce, pelo que esta é a principal preocupação da empresa. A seleção destes profissionais é feita de duas formas, explica o responsável à B!T: através das avaliações dos clientes e das credenciais fornecidas à partida por quem se inscreve na plataforma para trabalhar.
Na avaliações dos clientes, a empresa distingue entre Verificados, para aqueles que avaliam o trabalho que um profissional que efectuou através da Zaask e Não Verificados, para os que avaliam trabalhos realizados pelos profissionais fora da plataforma. “Nestes segundos temos ainda implementados sistemas de segurança para que essas avaliações não sejam efetuadas a partir de um mesmo IP, de um mesmo email, etc”, refere o responsável, uma salvaguarda para evitar fraudes.
As informações que são pedidas aos profissionais vão desde o número de carteira profissional, portefólio, website pessoal e da empresa, redes sociais em que está presente e uma série de outras informações, dadas através de perguntas e respostas sobre o seu trabalho, que poderão ser vistas por cada potencial cliente. “Quanto mais informação validarem, melhor os apresentamos aos potenciais clientes, daí existirem profissionais que são ouro, prata e bronze, distinguindo os diferentes níveis de validação a que responderam”, adianta Luís Pedro Martins. “Consideramos que estas duas formas de validação juntas são a melhor solução existente no mercado em termos de dar garantias da qualidade dos profissionais”, refere.
O design do serviço da Zaask também é “mobile first”, afirma o CEO. “Pensamos os desenvolvimentos da plataforma sempre com a utilização móvel em mente primeiro e depois o restante. Assim permitimos que o utilizador web mobile tenha uma experiência como se estivesse a utilizar uma app.”
A Zaask opera num mercado em crescimento, com cada vez mais pessoas disponíveis para entrar na economia de partilha – há vários serviços do género, alguns especializados como o novo ProKubo, e outros mais generalistas como o Freelancer.pt ou Upwork. No caso da Zaask, a mais-valia pode estar no algoritmo de ‘match-making’ local, que tenta encontrar a melhor solução de proximidade para a necessidade do contratante.
No que toca à segurança e privacidade, Luís Pedro Martins refere que se trata de uma questão essencial e que a plataforma tem implementadas “as melhores ferramentas para assegurar a privacidade dos dados de clientes e profissionais” que usam o serviço diariamente. “Estes dados são apenas para utilização exclusiva da empresa. O nosso modelo de negócio não é esse e, por isso, não utilizamos os dados dos nossos utilizadores para modelização.”