O executivo referiu que a Uber esteve a estudar como poderia melhorar a mobilidade das cidades e que após vários projetos de viabilidade chegou a uma espécie de helicóptero elétrico com capacidade para 4 passageiros.
O CPO da Uber começou por dizer “os transportes nas cidades não são eficientes” e que o facto de estas estarem em rápido crescimento origina inúmeros problemas de tráfego mas também de estacionamento.
Foi com a intenção de ajudar a resolver estas dificuldades que a empresa de mobilidade decidiu apostar em veículos autónomos mas os mesmos ainda não eram eficientes o suficiente e não resolviam muitas das dificuldades encontradas nos centros urbanos.
Foi nesse momento que a Uber se voltou para os helicópteros mas desde logo encontrou desafios. se por um lado, não dava para ser um serviço de escala, por outro os veículos eram ruidosos, de alta manutenção, poluentes e pouco seguros. Ora isso acarreta grandes custos sendo por isso não era a solução ideial.
Segundo o responsável, após algumas investigações chegaram aos veículos com DEP (Distributed Electric Propulsion), ou seja, voadores e não poluentes com diversos sistemas de propulsão. Esta solução é “muito segura porque mesmo que falhe um dos motores, o aparelho continua a conseguir voar”, explicou.
O carregamento das aeronaves é feito através da solução da Chargepoint que permite abastecer de energia durante o pouso enquanto os passageiros entram. Para termos uma ideia dos consunmos, jeff holden indicou que uma viagem de Lisboa a Cascais irá consumir 1/3 da bateria. A autonomia e a forma de carregamento vão permitir que não seja necessário troca de baterias, o que tornar o serviço bem mais barato.
O projeto será realizado com vários parceiros fornecedores de aeronaves, entre eles a empresa brasileira Embraer, cujo CEO Paulo Cesar de Souza e Silva reuniu na semana passada com Dana Khosrowshahi, o CEO da Uber.
O CPO referiu que o objetivo é que o “serviço tenha o mesmo preço do Uber X”. A primeira cidade a receber o UberAIR vai ser Los Angeles já em 2020, uma das cidades com mais carros do mundo.
Além deste serviço, a Uber anunciou ainda uma parceria com a Nasa. O Nasa Space Act irá possibilitar o desenvolvimento de novos conceitos de Gestão de Tráfego Não Tripulado (UTM, Unmanned Traffic Management) e Sistemas Aéreos Não Tripulados (UAS, Unmanned Aerial Systems). Essa colaboração possibilitará a operação segura e eficiente de UAS a baixas altitudes.
A participação da Uber no Projeto UTM da NASA ajudará a empresa a iniciar os primeiros voos de demonstração do uberAIR.
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