O projecto foi apresentado por Justin Antonipillai, Under Secretary de Assuntos Económicos dos EUA, Marta Nagy-Rothengass, Head of Data Policy and Innovation Unit da União Europeia e Jean-Marc Museux, Arquiteto Chefe do Eurostat. O painel foi moderado por Tarek Bazley da Al Jazeera English.
O objetivo é tornar a informação e os dados acessíveis de forma a que possa ser usados na tomada de decisões.
Justin Antonipillai, mostrou-se “muito entusiasmado” com o projeto e anunciou que será disponibilizado uma versão alpha já em Novembro.
O responsável do Departamento do Comércio norte-americano falou de como surgiu um projeto de dados abertos, em open source, com programação em python e da construção de APIs.
Marta Nagy-Rothengass disse que o interessante desta iniciativa é o que pode oferecer à sociedade e às empresas. Referiu que o impacto direto da utilização de dados abertos é 50 biliões de euros na totalidade dos 28 países da UE em 2016 e que se estima que será de 75 biliões por mês em 2020.
No que concerne aos desafios Jean-Marc Museux falou que existiram alguns sem especificar quais e explicou o processo de construção do Open Data Project. Em primeiro lugar, foram analisados os indicadores existentes e selecionados que podiam ser comparados. De seguida, o conhecimento das equipas foi usado na criação de um vocabulário para se adoptar uma linguagem comum . A terceira fase foi a criação de uma biblioteca de dados e a forma de os visualizarmos graficamente.
O Under Secretary disse que “houve um grande empenhado dos dois lados do Atlântico”. “Do nosso lado queremos ajudar as pessoas melhorar as suas vidas” e deu como exemplo uma API que com ajuda de empresas americanas originou a iniciativa “hack the pay gap “ que pretende diminuir a diferença de salários existente na América.
A representante da UE indicou que “é preciso entender o que precisamos” de forma a retirar o máximo de informação possível dos dados.
Antonipillai já recebeu contatos de outros países que estão interessados em integrar este projeto e brincou com o fato de a assistência ter de estar “maluca ao ouvir governantes a falar de git.hub e bibliotecas alpha” e de como há alguns anos atrás isso não seria possível.
Os dados deste projeto são, para já, só económicos mas “queremos levar isto para outras áreas tais como a geografia ,a demografia e a meteorologia” acrescentou Nagy-Rothengass.
A preocupação com a privacidade dos dados é um dos entraves a esta evolução pois os mesmos não poderão ser identificáveis, não poderão conter informação pessoal dos cidadãos e isso requer algum tempo de preparação.
Justin Antonipillai finalizou dizendo que é preciso a participação e ajuda de todos para se conseguir tirar insights e informação dos dados e que toda a ajuda da comunidade tecnológica é bem-vinda.
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