Web Summit | Carlos Moedas anuncia fundo de mil milhões de euros

O eurodeputado aproveitou o Web Summit para falar do Fundo de investimento para apoiar empresas. Este fundo da Comissão Europeia pretende atingir um valor de mil milhões de euros, em que apenas 25% do total é avançada pela Comissão Europeia. O organismo procura então uma entidade que possa gerir e captar dinheiro privado.

O objetivo deste fundo é que as empresas que são criadas na Europa fiquem na Europa.

“Hoje as empresas nascem na Europa, eu diria que é fácil criar empresas na Europa, mas depois começam a crescer e têm que ser vendidas muitas vezes a fundos norte-americanos ou outros porque nós não temos fundos de dimensão para investir nesse crescimento” disse Carlos Moedas.

O eurodeputado esteve também presente durante a manhã numa das palestras que seguia o tema “Encontrar o chamamento na economia digital”. Acompanhado por Mathieu Nebra, Leila Janah e Joe Green, foi discutido o futuro das sociedades.

Moedas contou o seu “chamamento”, a razão porque deixou a engenharia e a economia e se dedicou à política. Sentiu que o trabalho que fazia não tinha impacto e que precisava de fazer algo com impacto. “No início, entrar na política foi muito complicado”, afirmou o eurodeputado.

Durante o debate, uma ideia foi enfatizada pelos três speakers; os “millennials” procuram usar a economia digital para “fazer do mundo um lugar melhor”. A ideia é de Leila Janah, CEO da SAMA e LXMI, duas empresas com missões sociais de acabar com a pobreza generalizada no mundo.

“A tecnologia está aqui para resolver problemas e as máquinas são melhores que os humanos em muita coisa. Os médicos do passado tinham de olhar para os Raios X para encontrarem um cancro, se tivermos uma máquina que encontre um cancro, um médico do futuro pode olhar para a doença por outros prismas.” explicou Carlos Moedas.

O problema geral da economia digital, segundo os palestrantes é que a população está a reparar na mudança sem a entender.

“O mundo mudou muito e as profissões do futuro serão muito diferentes das do passado” disse o eurodeputado. No entanto, lembrou que os Europeus são “intolerantes com a falta de qualidade”, por isso será possível criar emprego e fazer a Europa crescer perante a economia digital.