Todos os dias podemos testemunhar, sem sombra de dúvida, que cada vez mais as fronteiras entre Homem e Máquina se diluem, podendo mesmo falar-se na existência de uma relação quase simbiótica entre o ser humano e os dispositivos tecnológicos. Assim, e no âmbito da “roupa tecnológica”, a FaberNovel e o Católica Lisbon – Innovation Lab presidiram hoje uma conferência onde foram examinados os prós e os contras desta nova e crescente tendência que é a wearable computing, e o seu papel reestruturante no panorama das múltiplas indústrias.
Assim, e depois de uma breve nota introdutória acerca dos oradores pelo director executivo da Católica Lisbon – Innovation Lab, Pierre Gein, iniciou-se a conferência com a apresentação de Celine Abecassis-Moedas, membro da organização de inovação da Universidade e professora na Instituição. Celine debruçou-se, então, sobre a temática da Moda e da Tecnologia e as diversas formas como estas áreas, aparentemente tão díspares, se dissolvem uma na outra. Começou por dizer que cada vez mais a tecnologia desempenha um papel de relevo na indústria da Moda, nomeadamente como “catalisador da inovação”, fazendo referência a software desenvolvido especialmente para designers que permite a conceção digital e em três dimensões de uma peça de roupa, o que reduz expressivamente os gastos de materiais, pois todas as experiências são feitas através de um programa informático, processo no qual o cliente pode intervir, desta forma tornando-o mais eficiente e rentável para ambos os lados do canal comercial.
Celine asseverou ainda que são cada vez mais as marcas de vestuário que assinalam a sua presença no universo da Internet, o que permite que o cliente possa, a partir de um dispositivo com acesso à Grande Rede, escolher as peças que mais lhe agradam e juntá-las numa wishlist, a qual poder-se-á facilmente materializar quando o utilizador se deslocar à loja, o que converte todo o processo, por vezes desgastante, de escolher roupa numa tarefa simples e eficaz.
Num segundo momento, Nuno Ribeiro, managing partner na FaberNovel, contextualizou esta emergente e imparável propensão para a tecnologia wearable, afirmando que a ideia de o Homem em fusão com a Máquina não é algo recente, mas que só nos últimos tempos tem, de facto, tomado uma dimensão mais concreta. Também explicou que a wearable computing converge o aumento da realidade que nos rodeia com a possibilidade de uma omnipresença digital, um contante estado “online”. Nuno profetizou que os wearables serão a próxima grande vaga tecnológica que arrebatará todas as indústrias, sem exceção. Contudo, é ainda muito cedo para saber se de facto serão um produto amplamente adotado ou se será sol de pouca dura.
Por fim, foi a vez de Hugo Silva, diretor inovação da PLUX, uma empresa com setes anos especializada no desenvolvimento de produtos para a área da Saúde, nomeadamente dispositivos de monitorização de biossinais. Hugo afirmou que a tecnologia wearable aplicada a aparelhos de controlo da condição física poderá atuar como uma ferramenta de prevenção de doenças cardiovasculares, e como agente democratizador dos procedimentos médicos.
Podemos então concluir que o wearable computing será o próximo big boom tecnológico que virá certamente reescrever o curso de muitas indústrias e desbravar novos territórios na esfera da inovação tecnológica.
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