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Vendas mundiais de smartphones estagnam no primeiro trimestre

Os fabricantes enviaram para as lojas 334,9 milhões de smartphones, o que representa uma diferença apenas marginal em relação ao mesmo período do ano passado (334,3 milhões). O mercado está, portanto, estagnado; é algo que a IDC atribui à saturação nos países desenvolvidos e às quedas dos dois líderes do mercado, Samsung e Apple.

É isso mesmo que se verifica na tabela de maiores fabricantes mundiais. A Samsung recuou 0,6%, vendendo 81,9 milhões de unidades, enquanto a Apple teve uma queda bastante maior, 16,3%, para 51,2 milhões de iPhones. No resto da tabela, só boas notícias: a Huawei escalou 58,4%, para 27,5 milhões de smartphones vendidos e 8,2% de quota, e a chinesa Oppo aparece agora em quarto lugar, com um salto de 153,2%. Na quinta posição, a asiática Vivo, com um crescimento de 123,8% para 14,3 milhões de unidades.

A IDC adianta que o apetite por smartphones na China abrandou de forma dramática: em 2013 o crescimento anual foi de 62,5%, mas em 2015 foi de apenas 2,5%. No entanto, o preço médio de venda subiu, o que significa que as marcas mais bem posicionadas neste momento são as que servem os consumidores mais sofisticados.

A diretora de pesquisa Melissa Chau sublinha que Huawei, Oppo e vivo estão agora bem posicionados para 2016. “No entanto, estes fabricantes não devem descansar à sombra dos louros, visto que o cenário dos smartphones é dinâmico e mostra que até marcas de culto como a Xiaomi têm dificuldade em manter a fidelidade dos consumidores de forma consistente.”

Em relação à Samsung, a líder do mercado mundial, a ligeira quebra não faz jus ao sucesso dos novos Galaxy S7 e S7 Edge, que venderam “de forma vigorosa” no mês de março. Já a Apple assistiu ao primeiro declínio de sempre nas vendas do iPhone, porque os consumidores não viram nos modelos 6s e 6s Plus novidades suficientes para fazerem o upgrade. A IDC nota que o novo iPhone SE é mais barato, mas continua a não ser tão barato quanto os concorrentes locais na Índia e na China. O impacto do smartphone deverá ser visto apenas no terceiro trimestre fiscal da Apple (entre abril e junho).

 

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Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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