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Mercado de wearables cresce 18,4% em 2016 dominado por relógios inteligentes

De acordo com o novo relatório da consultora, “Forecast: Wearable Electronic Devices Worldwide 2016”, este mercado irá gerar um volume de negócios de 26,4 mil milhões de euros, dos quais 10,5 mil milhões serão provenientes da venda de relógios inteligentes.

É aqui que reside o maior impulso. Serão comprados 50,40 milhões de smartwatches este ano, um salto de 66% em relação a 2015, e a Gartner aponta para 66,71 milhões em 2017, o que representa um crescimento de 32%.

“Entre 2015 e 2017, a adesão aos relógios inteligentes vai crescer 48% em grande parte devido à popularização dos wearables como uma tendência lifestyle provocada pela Apple“, diz a analista Angela McIntyre, diretora de pesquisa na consultora. “Os relógios inteligentes têm o maior potencial de receitas entre todos os wearables até 2019, atingindo 16,1 mil milhões de euros.”

Ainda assim, a analista sublinha que a adesão aos smartwatches vai manter-se “muito abaixo das vendas de smartphones“, que deverão chegar aos 374 milhões nos mercados maduros e em áreas urbanas de mercados emergentes, como Hong Kong e Singapura.

Realidade virtual também nas empresas

Os aparelhos que se usam na cara, ‘head-mounted displays’ ou HMD, estarão em destaque em 2016. A Gartner prevê que dispositivos de realidade virtual e hologramas como Oculus Rift, HTC Vive, PlayStation VR e HoloLens originem vendas de 1,43 milhões de unidades, o que significa um crescimento de 921% – mas não é difícil crescer a partir de quase nada.

“Os produtores de filmes e ligas desportivas vão aumentar os seus conteúdos tradicionais através de HMDs para melhorar as experiências dos seus clientes ao criar atrações interativas, filmes e eventos desportivos que tornam o conteúdo mais pessoal e significante”, explica o analista Brian Blau.

Mais interessante ainda, a Gartner nota que o uso de HMDs nas empresas vai crescer nos próximos anos, com 26% destes aparelhos “desenhados para o uso empresarial em 2018.” as empresas vão adquirir HMDs para que os colaboradores desempenhem tarefas como reparação de equipamentos, inspeções e manutenção, diz o relatório. “Os trabalhadores também vão usar HMDs para visualizar instruções e guias mantendo as mãos livres enquanto realizam uma tarefa.”

O poder do fitness

Esta continuará a ser uma das áreas mais populares, com wearables que vão desde pulseiras a fitas para o peito, relógios desportivos e outros aparelhos de monitorização. Os relógios desportivos serão os mais rentáveis, com preços que se vão manter nos próximos anos, enquanto as pulseiras de fitness tentarão competir com estes.

A Gartner prevê vendas de 34,97 milhões de pulseiras de fitness, 23,98 milhões de relógios desportivos, 13,02 milhões de fitas que se usam no peito e 21,11 milhões de outros monitores de exercício físico.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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