A União Europeia anunciou esta quinta-feira que vai investir um total de mil milhões de euros em supercomputação. China, Estados Unidos e Japão são, atualmente, os países mais desenvolvidos em termos de supercomputadores.
O objetivo do projeto é adquirir dois supercomputadores que sejam capazes de, pelo menos, centenas biliões de cálculos por segundo, e outros dois ligeiramente inferiores, capazes de fazer dezenas de biliões de cálculos por segundo.
Estas máquinas serão a base para um grande objetivo, que é a de criar a próxima geração de sistemas exascale, capazes de fazer triliões de cálculos matemáticos por segundo, baseada em tecnologia europeia até 2022.
Esta iniciativa, intitulada EuroHPC, foi lançada em março de 2017 e 13 países assinaram formalmente a iniciativa, onde se inclui Portugal, para além de Alemanha, Bélgica, Bulgária, Croácia, França, Grécia, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Eslovénia, Espanha e Suíça. O Reino Unido será o grande ausente do EuroHPC, muito por culpa do Brexit.
Atualmente, as empresas europeias e os departamentos governamentais têm alugado cada vez mais tempo computacional a supercomputadores localizados nos Estados Unidos e Japão. A União Europeia estará preocupada que, deste modo, a probabilidade de informação sensível acabe por ser alvo de uma fuga de informação. Para além disso, numa eventual crise política, o acesso europeu a supercomputadores poderá ficar cortada na situação atual.
Andrus Ansip, vice-presidente para o mercado digital único da Comissão Europeia, afirma que esta é uma “corrida difícil e hoje a UE está atrás”. “Queremos dar aos investigadores e empresas europeus a capacidade de um supercomputador líder até 2020”.
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