A Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária registou até ao final do mês passado cerca de 1325 casos de burla informática e 188 casos de contrafação de cartões de crédito.
Até ao final de novembro a PJ deteu 18 pessoas por burlas com cartões de crédito. Segundo o inspetor Álvaro Tomé, a maioria dos roubos de dados de banca online e clonagem de cartões tem como destino as compras e o jogo online, especialmente o poker. Por vezes, os dados das vítimas chegam a ser utilizados em sites de pornografia.
Álvaro Tomé alertou para o facto de muitas vezes as compras serem registadas fora do país, pois o burlão acaba por vender as credenciais em sites e fóruns internacionais.
Este ano foram estabelecidos em Portugal 1325 inquéritos devido a fraudes com cartões de crédito, de onde já resultaram 18 detenções, um número bastante semelhante ao que tinha sido registado em 2012.
De acordo com o inspetor, “tem sido mais difícil para os criminosos clonarem os cartões de crédito por causa da evolução da tecnologia, mas ainda assim existem casos onde omodus operandi criminoso é simples”.
Por norma, o perfil dos burlões caracteriza-se por indivíduos entre os 20 e os 35 anos. A maioria dos crimes tem origem em grupos constituídos por cidadãos estrangeiros que têm mobilidade em vários países.
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Mobilidade decorre de acordo de cooperação entre o IPS e a Zhejiang Normal University.