A Telefónica recebeu, por fim, luz verde por parte da autoridade antitrust da União Europeia para avançar com a aquisição da E-plus, unidade alemã da KPN, um negócio que deverá rondar os 8,6 mil milhões de euros.
A maior operadora espanhola em termos de número de clientes e uma das maiores empresas de telecomunicações do mundo, a Telefónica vê na aquisição da E-Plus, pela sua unidade O2 Deutschland que opera na Alemanha, a oportunidade para fortalecer a sua influência naquele que é o maior mercado de telecomunicações europeu.
A decisão emitida pelo Comissário Europeu para as atividades concorrenciais, Joaquín Almunia, brota como um raio de sol por entre as nuvens densas das inconstâncias que têm afetado o setor das telecomunicações, visto que permitirá que as operadoras, que têm lutado por medidas mais leves sobre as aquisições, possam fortalecer os seus negócios após anos de receitas decrépitas.
As fusão dos dois ramos germânicos da Telefónica e da KPN vai dar à luz a maior empresa de telecomunicações móveis do país, que monopolizará 31 por cento de todo o mercado, munindo a espanhola de mais munições para combater as rivais Vodafone e T-Mobile, da Deutsche Telekom.
Depois da revelação o decreto do organismo europeu, as ações da KPN subiram até 4,2 por cento, ao passo que as da Telefónica não sofreram um tão grande incremento. Contudo, as ações da unidade O2 Deutschland da espanhola subiram três por cento.
Dado que a fusão dos dois segmentos vão originar a maior operadora da Alemanha e reduzir o número de empresas de telecomunicações de quatro para três, a Comissão Europeia sublinhou que era imperativo que a Telefónica despendesse até 30 por cento da capacidade de rede da nova empresa, e que se libertasse de parte do seu espectro de radiofrequências.
Em adição, a Telefónica vai oferecer banda-larga de Internet móvel 4G de alta-velocidade a qualquer negócio que queira disponibilizar tais serviços.
A CE asseverou que estas medidas vão permitir que empresas de menores dimensões que não possuam as suas próprias redes possam usufruir dos meios de entidades mais fortes e estabelecer-se no mercado alemão.
“As condições às quais se submete a Telefónica asseguram que a aquisição da E-Plus não prejudique a competição no mercado alemão das telecomunicações”, justificou Almunia.
o Comissário quer ainda garantir que os consumidores alemães, que estão entre os que mais pagam na Europa por serviços mobile, não sejam afligidos por subidas de preços aquando da fusão das duas empresas.
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