Uber e Yandex anunciam fusão na Rússia e em outros cinco países
A Uber e a Yandex, a “Google da Rússia”, chegaram a acordo para a fusão dos seus negócios ridesharing na Rússia e cinco mercados vizinhos, criando uma nova empresa com vista a operar em cerca de 127 cidades.
Os países abrangidos pela fusão dos dois gigantes tecnológicos são a Rússia, a Arménia, o Azerbaijão, a Bielorrússia, a Geórgia e o Cazaquistão e espera-se que o novo serviço realize 35 milhões de viagens por mês.
A Uber concordou em investir 225 milhões de dólares e ficará com uma participação de 36,6% na nova companhia, enquanto que a Yandex possuirá uma participação de 59,3% e irá participar com 100 milhões de dólares. A startup de mobilidade urbana contribuirá com o seu negócio de fornecimento de alimentos uberEATS nos seis países.
O diretor executivo da Yandex.Taxi, Tigran Khudaverdyan, será o nosso CEO da empresa que resultará da fusão. A nível do conselho de administração, a tecnológica russa irá ocupar quatro lugares e a Uber ficará com três.
Pierre-Dimitri Gore-Coty, Head of Uber Business na Europa, Médio Oriente e África indicou em comunicação aos colaboradores da empresa que “o objetivo será dar resposta as necessidades dos passageiros, motoristas e das cidades à medida que desenvolvemos um negócio de rápido crescimento e gestão sustentável de viagens, compras e logística na região.”
“Ao combinar a experiência local da Yandex em pesquisa, mapas e navegação com a nossa experiência global de ridesharing, vamos construir os melhores serviços locais e fornecer uma alternativa credível à compra e posse de automóveis na região”, acrescentou o executivo.
“Esta é uma oportunidade muito entusiasmante para nós e uma situação única que não afetará as nossas operações em outros países”, assegurou o responsável.
A Uber indicou ainda que as aplicações de utilizador, quer a sua quer a da Yandex, vão continuar independentes mas que a aplicação de motoristas da nova empresa será uma fusão das funcionalidades dos dois serviços.
O negócio deverá estar concluído no final do quarto trimestre mas está ainda sujeito à aprovação dos reguladores.