A aplicação chinesa de boleias Yidao Yongche poderá estar prestes a juntar-se à congénere Uber. Esta união permitirá ao serviço digital de transportes norte-americano conquistar o seu quinhão do mercado da China, onde tem repetidamente sido alvo de restrições lançadas pelas autoridades reguladoras do país.
Quem tem acompanhado o percurso da Uber não ficará, certamente, surpreendido se se disser que os reguladores do setor dos vários países onde opera não veem este serviço com bons olhos. Também as uniões sindicais dos taxistas destes mercados consideram a Uber como uma força usurpadora e disruptiva, que pretende atuar como um concorrente direto e obstinado do setor tradicional dos táxis.
Contudo, a China, que alberga o maior mercado de smartphones do mundo, poderá estar à distância de uma parceria. Ao juntar forças com a Yidao Yongche, uma app da mesma estirpe da Uber, vai permitir à empresa californiana, ou assim esta o espera, ganhar a aprovação das autoridades reguladoras locais.
O governo de Pequim tende a ser intransigente para com tecnológicas estrangeiras, nomeadamente as provenientes dos Estados Unidos, que procurem deitar a mão a uma porção do mercado chinês, alegando que a sua entrada coloca em risco a sobrevivência das empresas locais, de menores dimensões. Contudo, o caso muda de figura se as forasteiras capitalizarem este mercado asiático recorrendo a parcerias com as empresas nativas.
Assim, a Uber está a procurar seguir as pisadas de empresas como a Apple, que no passado 12 de maio disse, na voz do seu CEO Tim Cook, que estaria em negociações com a Alibaba e alguns bancos chineses para levar o sistema de pagamentos móveis Apple Pay até à China.
Também o Netflix, o popular serviço norte-americano de streaming online de vídeo está de olhos postos no Oriente. Este mês, a Bloomberg relatou que o Netflix está a procurar conquistar aliados na China. Entre os potenciais parceiros está a Wasu Media, uma empresa de TV digital onde o fundador da Alibaba, Jack Ma, é acionista.
Diz a Reuters que, na sua página da rede social chinesa Weibo, a Yidao Yongche publicou uma imagem que denunciava uma união entre o seu logótipo e o da Uber. Ademais, aparecia a data “21 de maio de 2015” e a frase “É melhor estarmos juntos”, em caracteres chineses.
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