Uber começa a cair nas boas graças da Justiça alemã
A Uber uniu-se aos taxistas da Alemanha para continuar a operar no país, mas dentro dos contornos da legalidade. A aplicação mantém-se a mesma, mas quem executa o serviço é um taxista credenciado.
A Alemanha foi um dos primeiros países a categorizar o serviço da Uber como ilegal. No entanto, a empresa norte-americana tem procurado novas formas de explorar o setor dos transportes alemão, sem criar protestos ou manifestações violentas, situações que já se tornarem rotineiras para a Uber.
Para isso, o serviço digital de transportes e o setor dos táxis germânico traçaram uma aliança, nascendo, assim, a Ubertaxi, negócio ao qual poderíamos chamar “a versão legal do Uber”. A app continua a funcionar da mesma forma – por isso o impacto para o utilizador é mínimo (se for algum) – mas, em vez de um sujeito desconhecido a conduzir o seu carro pessoal, o serviço é feito por um condutor profissional e registado num táxi.
Essas informações foram avançadas pelo jornal brasileiro Estadão, que conta também que esse novo modelo de negócio já está operacional em mais de dez cidades alemãs, tendo começado em Berlim e Hamburgo. A aliança entre Uber e setor dos táxis já foi implementada também em Nova Iorque e Londres.
Mas todos sabemos que o serviço disponibilizado pela Uber é mais barato do que o normal serviço de táxis. Então, onde está a vantagem para os taxistas? Em vez de esperar, interminavelmente, em longas filas pelo próximo serviço, o condutor pode utilizar a app para localizar o cliente mais próximo. Ora, isso faz com que o taxista possa ter um dia mais produtivo e rentável, e, citada pelo jornal, a Uber diz que isso compensa os preços reduzidos do seu serviço digital.
Apesar dos progressos feitos na Alemanha, a Uber tem ainda muito trabalho pela frente, até que seja aceite no mundo inteiro como um serviço legítimo e respeitador das normas reguladoras do setor.