Trabalhadores da Amazon fazem (outra) greve
Uma vez mais a Amazon é flagelada por greves nos seus armazéns na Alemanha. Esta segunda-feira, mais de dois mil funcionários da gigante do comércio eletrónico expressaram o seu descontentamento face ao plano salarial da sua empregadora.
Os funcionários da Amazon.com protestaram hoje contra aquilo que consideram ser vencimentos desadequados, colocando sobre a empresa uma pressão acrescida, visto que o Natal aproxima-se a passos largos e é imperativo a certificação de que as encomendas chegam atempadamente aos devidos destinatários.
O sindicato alemão dos trabalhadores Verdi, que batalha com a Amazon.com naquela que parece ser uma contenda secular e inconsequente, disse que a greve atingiu cinco dos nove centros de distribuição da empresa na Alemanha, assegurando que amanhã o protesto seria estendido a mais um.
A greve está prevista terminar no fim da próxima quarta-feira, e a Verdi acrescentou que deverão esperar-se atrasos nas entregas, fruto da suspensão das operações.
Uma porta-voz da Amazon.com assegurou a continuidade das entregas, e revelou que apenas uma pequena porção dos trabalhadores aderiu ao protesto e que cerca de 19 mil funcionários desempenhavam normalmente as suas funções.
A “dança” entre a Verdi e a Amazon.com começou em maio de 2013, altura que o sindicato dos trabalhadores organizou a primeira de uma ampla série de greves que visam levar a empresa a compensar os seus funcionários com os vencimentos devidos.
A Verdi defende que os trabalhadores da Amazon inserem-se na indústria do retalho e do correio, pelo que, de acordo com esta classificação, recebem salários abaixo da média.
Em contraste, a Amazon terminantemente afirma que os funcionários dos seus centros de distribuição integram a indústria da logística. Desta forma, os trabalhadores recebem confortavelmente acima dos vencimentos-padrão, argumento exaustivamente avançado pela Amazon.com, que se recusa a ceder às exigências da Verdi.
Resta, então, saber se a Amazon.com dará o braço a torcer, ou se perpetuará esta “guerra fria” com a Verdi, quebrando o silêncio apenas para reafirmar a sua posição resoluta face às exigências dos seus funcionários.