Tizen ainda não é a resposta às necessidades da Samsung
Há algum tempo que a Samsung estuda uma forma de conseguir fazer frente aos sistemas operativos da Google e da Apple. Parecia que a resposta estava no novo sistema Tizen, que poderia ser uma forma de a Samsung terminar com a dependência do Android. Afinal, o processo ainda pode demorar mais um pouco.
A Samsung quer desenvolver o seu próprio software. No entanto, não tem sido bem sucedida: as suas aplicações próprias têm pouca expressão no mercado. Aliás, a app de maior sucesso, o serviço de troca de mensagens ChatOn, será encerrada em fevereiro.
O Tizen não está a corresponder às expetativas. Para o próximo ano, a Samsung tem previsto apenas o lançamento de um TV Set, que inclui o sistema operativo. De certa forma, este lançamento apenas transmite uma sensação: afinal, o Tizen poderá não estar assim tão desenvolvido, a ponto de ser incluido nos próximos dispositivos da marca sul-coreana.
Lee Min-hee, analista da IM Investment & Securities, confessa que o “ software que a Samsung tem feito sozinha não tem sido muito bom… Ainda não vi nada que possa indicar que a Samsung se tenha tornado competitiva no mercado de software.”
Para Eduardo Ribeiro, fundador do Kazoowa.com, o Tizen só resultará se for usado por uma grande base de usuários. “Vejo o Tizen a ser muito semelhante ao Android, mas sem a base de utilizadores gigante. Assim, é difícil encontrar benefícios no desenvolvimento do Tizen.”
Caso o Tizen venha realmente a ser lançado no mercado, terá de oferecer uma alternativa fiável e inovadora, para se bater com o Android e o iOS, que dominam mais de 98 por cento do mercado de software móvel.