A operadora espanhola Telefónica, que quer fundir ao seu segmento alemão com a unidade E-Plus da holandesa KPN, acordou em vender parte da sua capacidade de rede à concorrente local Drillisch, uma jogada que objetiva a aquisição da aprovação do negócio por parte das entidades reguladoras.
A Drillisch vai, assim, comprar um quinto da capacidade de todas as redes que passarão a ficar sob o domínio da Telefónica Deutschland uma vez sendo devidamente aprovado e concluído o negócio com a E-Plus.
A aquisição de 12 mil milhões de dólares terá ainda de superar os obstáculos erguidos pela Comissão Europeia, que receia que a redução do número de operadoras na Alemanha seja gatilho da consolidação da indústria, do prejuízo das boas práticas concorrenciais e da inflação dos preços.
As autoridades reguladoras têm sido severamente criticadas por terem autorizado a fusão de duas empresas de telecomunicações austríacas, sem que primeiro assegurassem os meios necessários para que rivais de menores dimensões pudessem competir em pé de igualdade com a recém-criada empresa.
Segundo Javier Mielgo, analista na madrilena Mirabaud Securities, a Telefónica parece ter enveredado pelo caminho certo para conquistar a aprovação que precisa para avançar com o negócio pendente.
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