Tecnológicas portuguesas avançam para o México e exibem-se no WCIT
O Congresso Mundial de Tecnologias de Informação (WCIT) este ano, realiza-se em Guadalajara, no México, este ano com uma verdadeira “embaixada” de empresas portuguesas organizada pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Mexicana (CCILM), no âmbito do “Portugal Connect”. E com um duplo objectivo: aproveitar as oportunidades que o desenvolvimento mexicano oferece e mostrar ao mercado mundial as aplicações e os produtos portugueses mais inovadores.
A JP Inspiring Knowledge (empresa de Matosinhos mais conhecida por JP Sá Couto) com o seu ecossistema educativo e as mais recentes versões do seu computador Magalhães; a Controlar e as suas soluções para industria electrónica; ou a i2s com o seu software de gestão integrada para seguradoras, são algumas das empresas nacionais (ver lista em baixo) que irão disputar investidores e mercados – desde logo o mexicano – com os maiores gigantes mundiais das tecnologias de informação (TI).
“As empresas que integram esta missão irão participar no maior evento mundial das TI tendo já um roteiro preparado de atividades promocionais dos seus produtos, de reuniões de negócios com outras empresas e de contactos com diversos organismos institucionais”, descreve o coordenador do “Portugal Connect”, Pedro Nuno Neto. “O espaço expositivo que reúne a representação portuguesa será, também, um local importante para o lançamento de novos negócios”.
O México é, neste momento, um dos principais mercados visados pelas empresas portuguesas, uma vez que se trata de uma economia de enorme dimensão que está em crescimento acelerado e, por isso, ávida de soluções tecnológicas que introduzam eficiência nos seu processos produtivos. O setor empresarial está carente de tecnologias inovadoras, existindo um grande interesse das administrações nacional e regionais em promover a modernização das infraestruturas e em atrair projetos que melhorem a produtividade.
“A principal especificidade do México é ser uma economia emergente, a gerar grandes recursos, e com um grau notável de abertura ao exterior”, considera Pedro Nuno Neto. “Como a tecnologia portuguesa é percebida pelos mexicanos como ‘europeia’, esta feira mundial constitui uma grande oportunidade para as empresas portuguesas se afirmarem neste mercado, ao mesmo tempo que se exibem num palco que reúne todos os mercados do mundo”.
Este mesmo interesse foi expresso numa carta que o governador do Estado de Jalisco, do qual Guadalajara é a capital, escreveu no final de agosto ao ministro da Economia português, Pires de Lima, convidando-o a que liderasse a delegação portuguesa. No México procura-se sobretudo integração e interação de sistemas informáticos, aplicação de software de gestão direcionado a PME, modelos de distribuição focados na consultoria e no outsourcing, integração de soluções de conectividade para a mobilidade, soluções para a administração (saúde, educação e segurança), videojogos, algum hardware e muito web design.
As empresas que participam nas comitivas organizadas pelo “Portugal Connect” têm até 64% dos custos comparticipados por verbas europeias que são geridas e monitorizadas pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).