A Apple, a Google e outras empresas de Silicon Valley estão a cooperar para chegarem a um acordo relativamente ao processo judicial no qual empregados das tecnológicas acusam-nas de conspirarem contra os seus trabalhadores, evitando competir entre si por funcionários de forma a reduzir os salários.
Numa audiência realizada ontem num tribunal federal na Califórnia, o advogado da Google, Robert van Nest, disse que as empresas e os queixosos têm-se reunido diariamente, na presença de um mediador, para tentarem resolver a disputa, e que um consenso já esteve mais longe de ser conseguido.
Kelly Dermody, defensora dos quereladores, representa quase 60 mil trabalhadores, e confirma as afirmações de van Nest.
O julgamento tem início marcado para o próximo mês de maio.
O caso começou em 2011, altura em que cinco engenheiros de software processaram a Apple, a Google, a Adobe Systems, a Intel e outras empresas sob alegações de suprimirem pagamentos e de, no seguimento de um pacto secreto, não recrutarem nem contratarem os funcionários umas das outras.
Os réus foram acusados de violarem leis antitrust e de conspirarem para a eliminação da competição por mão-de-obra, privando os trabalhadores de mobilidade profissional e evitando centenas de milhares de dólares em despesas compensatórias.
As divisões Pixar e Lucasfilm da Walt Disney e a Intuit já acordaram em pagar nove milhões e onze milhões de dólares, respetivamente.
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