O satélite Sentinel-3A será lançado na próxima terça-feira, 16 de fevereiro, e irá a bordo de um foguete Russo Rockot a partir do cosmódromo de Plesetsk, na Rússia. As operações dos dois satélites Sentinel-3 terão uma duração de 7 anos e vão ser colocados numa órbita síncrona solar a 815 quilómetros da superfície da terra. Cada satélite pesa cerca de 1150 quilos e tem 3,7 metros de comprimento. A Critical Software foi uma das empresas que ganhou um concurso de desenvolvimento de tecnologia para estes satélites.
A empresa portuguesa trabalhou em colaboração com a Thales Alenia Space, que ganhou a adjudicação da construção dos satélites, e com a Agência Espacial Europeia (ESA), que coordena o programa. A missão foi desenvolver o software do sistema de controlo de voo e de outros subsistemas, incluindo o dos instrumentos científicos a bordo. Sendo este um sistema crítico – o core da tecnológica de Coimbra – o desenvolvimento foi feito de forma a garantir o funcionamento em qualquer circunstância, incluindo durante a ocorrência de anomalias.
Estes satélites têm como objetivo a monitorização da superfície dos mares e oceanos, desde a topografia, altura, altura de ondas e manchas de poluição, e da temperatura e cor da superfície da Terra. A ESA anunciou ontem que o programa está garantido até 2030, após a assinatura de um novo contrato com o consórcio de 100 empresas liderado pela Thales, para construir os Sentinel-3C e -3D. É um contrato de 450 milhões de euros.
“Cada missão destas é um desafio acrescido para os nossos engenheiros e soluções”, diz Ricardo Armas, gestor do projeto na Critical Software, elogiando a “capacidade de resposta”, o “know-how” e a “excelência” dos sistemas críticos da empresa. São as características que possibilitam à Critical “trabalhar com equipas e clientes tão exigentes” como a Thales Alenia Space e a ESA, considera. “O trabalho de equipa com estas entidades tem sido fundamental para o sucesso de cada uma destas importantes missões”, acrescenta.
A Thales Alenia Space também adjudicou à empresa portuguesa a verificação e validação do software central, incluindo os sistemas que foram desenvolvidos pela Thales. Várias campanhas de testes foram executadas em Portugal e França, para garantir o funcionamento e fiabilidade do satélite e subsistemas. A Critical Software estará envolvida no lançamento do segundo satélite Sentinel-3, que está previsto para 2017, não havendo dados sobre a inclusão nos novos satélites anunciados pela ESA.
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