Esta foi uma das empresas que esteve presente no Techweek LA, evento de tecnologia que termina hoje em Los Angeles. Sly Lee, co-fundador da Emerge, explicou como fechar esse círculo será fundamental para uma experiência verdadeiramente imersiva.
“O toque é valioso. Os nossos anos mais formativos sustentam-se em aprender através do toque”, afirmou. É que um de nossos primeiros instintos quando usamos óculos de realidade virtual ou aumentada é tentar tocar objetos; só que, atualmente, a mão passa neles como se fosse um fantasma.
Através de infra-vermelhos, a ideia da Emerge é que o utilizador receba feedback háptico e sinta algo como o equivalente a tocar a palma da mão de alguém com quem está a conversar numa aplicação de realidade virtual. “Se adicionarmos toque a esra plataforma, abrimos o potencial para dezenas de aplicações. Será a chave para o desenho dos produtos”, referiu Lee.
O empreendedor dá um exemplo bem simples: nos primeiros anos dos telemóveis, era possível conduzir e enviar mensagens ao mesmo tempo, porque as teclas eram físicas e salientes e os dedos sabiam onde estavam a carregar. Isso acabou com o ecrã tátil. “Para poder acreditar no mundo virtual é necessário sentir o espaço”, considerou Lee.
Apesar do mercado se estar a focar em jogos nesta primeira fase, é na educação que muitos empreendedores apostam que veremos a maior revolução.
“Estou muito entusiasmada com isso: a realidade virtual vai mudar nossa forma de aprender”, afirmou Kimberly Cooper, CEO da Prologue Immersive, durante o evento Techweek LA. A executiva esteve envolvida no desenho de experiências UI em vários títulos de Hollywood, incluindo “Homem de Ferro” e “Homem de Ferro 2.”
Um dos projetos que a Prologue lançou em realidade virtual foi o Science360, que leva os utilizadores a experenciarem a teoria da relatividade de Albert Einstein. “Aprende realmente o que é a teoria da relatividade, porque a experiencia. Lembra-se quando era criança? Aprendia nos livros, ouvia o professor e tentava visualizar. Agora é possível ver”, exemplificou Cooper. A ideia é que as tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada irão levar as pessoas para “um outro nível de aprendizagem”, antes impossível.
“A informação vai ser absorvida e retida muito mais rápido. Nós queremos ajudar as pessoas a entenderem e apreenderem informação de uma nova forma.”
Nesse painel da Techweek LA, que contou com vários especialistas de startups do segmento, foi também discutida a possibilidade de tocar elementos de realidade virtual. Parece impossível? É o que a Emerge promete.
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