A tecnológica havia previsto receitas entre os 770 milhões e os 775 milhões de dólares. Apesar de as receitas conseguidas neste segundo trimestre não serem surpreendentes para a empresa, o lucro conseguido caiu cerca de 44 milhões de dólares, face ao mesmo período de 2014.
Os segmentos de Fitness, de Outdoor, de Aviação e Marítimo cresceram, no seu conjunto, 11 por cento, no período terminado a 27 de junho, e geraram 61 por cento do volume total de receitas.
As margens bruta e operacional, de 54 por cento e 22 por cento, respetivamente, foram negativamente influenciadas por flutuações cambiais.
Os gastos operacionais da Garmin, no segundo trimestre, assomaram aos 253 milhões de dólares, um aumento de 12 por cento comparativamente a 2014.
Os investimentos em publicidade subiram 31 por cento, devido ao maior número de campanhas de dispositivos wearable e à ampliação da presença da empresa nas principais lojas de retalho.
O lucro da empresa foi afetado pelo aumento da taxa de imposto efetiva, que aumentou dos 12,8 por cento, em 2014, para os 20,6 por cento. Este aumento foi fruto, como diz a empesa em nota, da redução da projeção das receitas para este ano, “algo que afetou negativamente o mix de receitas a nível geográfico, e da redução de 4 milhões de dólares em reservas fiscais favoráveis lançadas numa base anual”.
O segmento do Fitness cresceu cinco pontos percentuais, graças a produtos de monitorização de atividade física e a dispositivos multidesporto. A Garmin diz que, embora este crescimento seja inferior aos registados nos trimestres passados, observou um aumento significativo do número de vendas destes dispositivos.
As receitas da área do Outdoor subiram quatro por cento, em linha com as expectativas da empresa. Este crescimento foi, em parte, impulsionado pela introdução da nova linha eTrex, com produtos de geolocalização de ecrã tátil.
O ramo das soluções de Aviação registou um aumento das receitas de cinco por cento, alavancado pela sua prestação nos mercados de pós-venda. Devido à diminuição da venda de aeronaves, a taxa de crescimento desta área de negócio, durante a primeira metade do ano, sofreu uma ligeira quebra.
Já o segmento Marítimo foi o que mais cresceu, com receitas 41 por cento superiores às conseguidas no mesmo período de 2014. Diz a Garmin, em nota, que este aumento foi “promovido pela resposta positiva do mercado à nova gama de produtos, e pelos benefícios conseguidos no terceiro trimestre de 2014 com a aquisição da Fusion Electronics”.
Contrariamente às restantes áreas de negócio, o ramo automóvel da fabricante viu as suas receitas caírem 15 por cento, resultado da queda das vendas de dispositivos móveis de navegação.
“A forte concorrência de mercado, combinada com a instabilidade económica em algumas zonas, penalizou um pouco os resultados do segundo trimestre”, explica, em comunicado, Vanessa Garrido, responsável de marketing da Garmin Ibéria.
Quanto ao último semestre de 2015, a Garmin afirma que é esperado um reforço do investimento em publicidade, para enraizar o negócio em mercados específicos. A empresa estima que, no final do ano, terá conseguido arrecadar receitas da ordem dos 2,9 mil milhões de dólares. No entanto, pode esperar-se que as irregularidades cambiais atuem negativamente sobre estas previsões.
O diretor-geral e presidente da Garmin, Cliff Pemble, acredita que o forte investimento em I&D e a sólida estratégia publicitária vão permitir à empresa fortalecer o seu posicionamento no mercado ao longo dos próximos tempos.
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