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Tablets só regressam ao crescimento em 2018

Em 2016, as vendas vão cair pelo segundo ano consecutivo, um recuo na ordem dos 9,6% em comparação com o ano passado. O novo Worldwide Quarterly Tablet Tracker da consultora demonstra que o pico do mercado de tablets já passou e que tanto este como o próximo ano serão de quebra.

Boas notícias só para 2018 e por causa do segmento dos tablets destacáveis, que neste momento representa 16% e deverá atingir os 31% em 2020.

A IDC refere que o ciclo de vida dos tablets rondam os quatro anos, tal como acontecia com os PCs há alguns anos. Por isso, os fabricantes estão a desviar a sua atenção para os destacáveis, o que tem gerado maior oferta de produto e consequentemente preços mais baixos.

No entanto, muitos fabricantes tradicionais acharam que este segmento era uma “extensão natural” da categoria dos PC e seria fácil dominá-lo; ao inves disso, diz a consultora, estão a competir ferozmente com novos fabricantes que criaram os seus mercados a partir de smartphones e formatos slate.

“O segmentos dos tablets destacáveis também é considerado por alguns fabricantes, como a Apple, como uma forma de acelerar os ciclos de substituição da base instalada”, explica o diretor de pesquisa de Tablets da IDC, Jean Phillippe Bouchard. O analista sublinha que os consumidores não veem motivos para substituírem os seus tablets e é por isso que aparelhos centrados na produtividade (leia-se destacáveis) são considerados substitutos para slates topo de gama.

Nesta categoria (slates), as vendas vão atingir 100 milhões de unidades até 2020, ano em que aqueles com ecrãs inferiores a 9 polegadas terão um preço médio de venda de 157 dólares.

Ryan Reith lembra que, até há bem pouco tempo, a indústria falava na novidade de ter “um PC por pessoa”, algo que desapareceu completamente.

Em termos de plataformas, o Windows domina o mercado dos destacáveis este ano, com 49% de quota, seguido do iOS com 38% e Android com 12%.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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