Surge novo pretendente ao trono da Alibaba no e-commerce
A JD.com abriu uma plataforma de comércio eletrónico transnacional. Com esta jogada, a retalhista chinesa pretende dar luta ao seu website rival Tmall Global, propriedade da gigante e conterrânea Alibaba.
De nome “JD Worldwide”, esta plataforma da JD.com, que atravessa as fronteiras de vários mercados e de múltiplos países, vai colocar ao dispor dos compradores chineses produtos importados para a China da Alemanha, dos Estados Unidos, de França, do Japão, da Nova Zelândia, do Reino Unido, da Austrália e da Coreia do Sul, entre outros.
Diz a Reuters que os fornecedores ultramarinos da JD.com disponibilizarão mais de 1,2 mil marcas na sua plataforma, sem que estas empresas tenham que ter uma presença efetiva no mercado chinês.
Consta que esta iniciativa da JD.com surge no encalço de esforços do governo da potência oriental para promover o comércio digital e para enfraquecer as restrições ao mercado de importação.
O reforço do segmento chinês do e-commerce tem sido notório. Na primeira metade do passado mês de março, o diretor da Administração Estatal para a Indústria e Comércio (SAIC), defendeu que é preciso que o governo procure erradicar quaisquer atividades de venda de bens ilícitos e combater a contrafação. Para aqueles que desrespeitarem as normas reguladoras, Zhang Mao defende a aplicação de severas penalizações. A autoridade reguladora teme que o setor do comércio eletrónico esteja a evoluir mais rapidamente do que as leis que o deveriam governar.
Apesar desta sua nova aposta, a JD.com tem ainda muito que suar para conseguir alcançar, na esfera do retalho digital chinês, a sua rival Alibaba, que é vista por muitas empresas norte-americanas como a porta de entrada para a China comercial.
O responsável pelo JD Worldwide, Leo Li, disse à Reuters que os bens importados sempre tiveram um papel de destaque na JD.com e na expansão do leque de produtos a que os chineses têm acesso.
Alicerçada na Tencent, rival de longa data da Alibaba, a JD.com firmou uma parceria com o eBay, segundo a qual os consumidores chineses poderão comprar determinados produtos de fornecedores da plataforma norte-americana.