Subsidiária financeira da Alibaba pode ter vencido corrida na compra da MoneyGram
A empresa chinesa Ant Financial aumentou o valor da proposta para adquirir a MoneyGram International Inc. A afiliada do grupo Alibaba Holding Ltd estabeleceu um aumento para 18 dólares por share em dinheiro, quando antes tinham oferecido 13,25 dólares. No total, a oferta de aquisição por parte da empresa chinesa passou de 800 milhões para 1,2 mil milhões de dólares, porém ainda falta confirmação por parte das entidades reguladoras.
A medida representa um aumento de cerca de 36% e faz com que a proposta da concorrente Euronet Worldwide Inc fosse superada. No mês passado, esta empresa ofereceu 15,20 dólares por share para aquisição da MoneyGram.
No entanto a proposta da Ant Financial já foi aprovada pelas autoridades de pagamento eletrónico norte-americano, apesar das mesmas ainda terem que enfrentar mecanismos de regulação, por parte do órgão institucional.
Caso seja aprovado, o negócio da empresa chinesa pode ser a primeira grande aquisição no mercado desenvolvido. Antes de ser concretizado o comité dos investimentos estrangeiros (CFIUS), agência reguladora norte-americana vai realizar uma análise, no sentido de averiguar se existe riscos para a segurança nacional.
De acordo com a Reuters, o comité tem impedido vários negócios chineses nos Estados Unidos da América e por isso a proposta da Euronet é mais apelativa às entidades reguladoras norte-americanas, para evitar um crescimento de tensões políticas entre os dois países envolvidos.
Em comunicado, a Euronet referiu que caso o negócio se concretize com uma empresa chinesa, pode comprometer o relacionamento entre as autoridades legais e a MoneyGram, no que diz respeito à investigação de “lavagem de dinheiro” e “financiamento terrorista”.
Como resposta a estas acusações, a AntFinancial e a MoneyGram afirmaram, num comunicado conjunto, que fizeram progressos para obter aprovação das entidades reguladoras necessárias para completar a transacção. A MoneyGram esclareceu que vai ser considerada como sendo uma entidade independente, com servidores norte-americanos a continuarem a servir como base das operações financeiras da mesmas. Ambas as empresas prevêm que o negócio seja concretizado até ao final deste ano.
É de recordar que as preocupações surgiram quando a multi-nacional chinesa de seguros, a Anbang não conseguiu as aprovações reguladoras necessárias do governo nore-americano, para estabelecer o negócio de cerca de 1,6 mil milhões de dólares com o grupo Fidelity & Guaranty Life.