Stuxnet torna-se a primeira ciber-arma do mundo
Os criadores do Stuxnet perceberam agora que tinham criado a primeira ciber-arma do mundo. Segundo um estudo da The Langner Group, estes criadores pretendiam apenas inovar num novo tipo de guerra digital e não causar destruição em larga escala nas instalações nucleares iranianas.
O líder da especialista em sistemas de controlo industrial, Ralph Langner, refutou a afirmação de que só os Estados-nação conseguem lançar um ataque semelhante ao do Stuxnet, alertando que diversos hackers também podem aprender a aplicá-los.
“Enquanto o Stuxnet foi claramente o trabalho de desenvolvimento de um Estado, os futuros ataques a sistemas de controlo industrial e outros sistemas chamados de ciberfísicos podem não o ser”, diz Ralph Langner.
Houve também a combinação com dados sobre o projeto das instalações nucleares, que existe desde 2007 e foi capaz de provocar danos catastróficos, aumentando a pressão dentro de centrifugadoras usadas para enriquecer urânio. Existiram também informações básicas sobre o processo de enriquecimento de urânio, que surgiu mais tarde e era muito mais simples.
Segundo Langner, os criadores do Stuxnet decidiram usar a segunda versão, indicando uma grande mudança na estratégia.
“Os agressores estavam em posição de aniquilar a vítima, mas optaram por fazer estrangulamentos periódicos aos processos”, diz Ralph, acrescentando que o Stuxnet é “uma arma de baixo rendimento, com a intenção geral de reduzir a vida útil de centrifugadoras do Irão e tornar os sistemas de controlo sofisticados parecerem incompreensíveis”.