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Steve Jobs, o louco

A 24 de fevereiro de 1955, em São Francisco, nascia alguém que consigo trazia um desígnio. O desígnio de mudar o mundo e o mundo ele mudou. Tentou e nem sempre acertou, falhou muitas vezes, mas manteve o desígnio bem forte.

Para além do legado material e das marcas que deixou no mundo, Steve Jobs também deixou várias pistas (há já quem lhes chame mandamentos) para quem, como ele, acredita acima de tudo no seu potencial e sabe qual o exato trajeto que vai percorrer até atingir o seu objetivo.

A melhor homenagem que podemos fazer ao mestre da criação do futuro será refletirmos sobre as pistas que ele deixou às gerações vindouras, sobre como se deverão comportar perante determinado desígnio e não tanto falar sobre como ele mudou o mundo, porque dessas mudanças, para o bem e para o mal, todos nos apercebemos diariamente. Por exemplo, se hoje estiver em trânsito num qualquer aeroporto do mundo e com algum tempo disponível, mas não tanto que o leve a tomar a decisão de se aventurar no exterior e conhecer a cidade onde está, já tem o Just in Time Tourist. Uma aplicação para o iPhone que calcula a sua posição, o seu tempo disponível e apresenta-lhe o melhor e mais otimizado percurso turístico com um áudio-guia e conteúdos de excelência que enriquecerão a sua experiência naquele momento.

Quando em 1985, a Apple despediu Steve Jobs era fácil prever de que se trataria de mais uma mente genial que se tinha afastado tanto da realidade, que já não tinha cabimento no mundo de rápido desgaste que é o da tecnologia. Contra todas as expetativas, Steve Jobs entra novamente na Apple e pela porta grande, quando, em 1996, a gigante da maçã decide comprar a NeXT (empresa fundada por Jobs) para converter o NeXTStep como a base do Mac OS X. Tornando-se novamente o seu CEO. Este facto da vida de Jobs é o melhor argumento para um dos seus mais valiosos pensamentos: “O tempo é limitado, então não gaste o seu tempo a viver a vida de outro. Não fique preso ao dogma que é viver como os outros pensam que deveria viver. Não deixe que as opiniões dos outros calem a sua voz interior. E o mais importante, tenha a coragem de fazer aquilo que manda o seu coração e a sua intuição.”

Ter e manter o foco, foi outro dos mandamentos que Jobs nos deixou. “As pessoas pensam que ter foco significa dizer que sim a aquilo em que se está focado, mas não é assim. Significa dizer não a centenas de ideias boas que surgem.”

Estávamos no ano de 2005, quando Steve Jobs termina o seu discurso de formatura, proferido em Stanford, com as seguintes palavras: “Stay hungry, stay foolish”. Com estas palavras ele conseguiu descrever-se de uma forma assustadoramente objetiva.

 

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Rui Castro

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