Startups britânicas singram em 2014

Com mais um ano a chegar ao fim, olhamos para o setor tecnológico de 2014 com espírito crítico. Ao longo destes 365 dias as empresas tecnológicas sofreram quedas e gozaram crescimentos, mas para as startups britânicas este foi (de um modo geral) um período de sucesso e de alta rentabilidade, de acordo com o VentureBeat.

Comecemos, por exemplo, pela SwiftKey. É uma startup cuja app permite substituir o teclado pré-definido nos smartphones, e que, através de “algoritmos preditivos”, consegue mesmo antecipar-se ao utilizador, sugerindo a palavra que de acordo com o programa é aquela que o utilizador pretende digitar de seguida.

Apesar de ter sido bem-sucedida no sistema operativo Android, o facto de ter conseguido conquistar a dimensão iOS surgiu como a cereja no topo do bolo, de acordo com o website de notícias de tecnologia VentureBeat. Somente nas primeiras 24 horas após ter lançado a sua aplicação para iOS 8, em setembro, a SwiftKey registou um milhão de downloads.

Em 2015, o diretor de marketing da SwiftKey, Joe Braidwood, disse que a empresa vai procurar aumentar a sua base de utilizadores.

A Mind Candy, criadora do jogo online Moshi Monsters (que conta com mais de 80 milhões de utilizadores registados), quer seguir os passos da Rovio, que deu ao mundo o Angry Birds. Assim, a empresa londrina vai apostar na capitalização do sucesso do Moshi Monsters, que conta no Reino Unido com uma taxa de adesão de 16,7 por cento, segundo o portal de estatísticas de social media Socialbakers.

Mas 2014 não foi um mar de rosas. No passado mês de julho, o diretor executivo e fundador Michael Acton Smith abandonou a empresa, revelando, algum tempo mais tarde, que a empresa não crescia já como dantes e que as receitas definhavam. Assim, a Mind Candy tem-se aventurado por outros territórios, em busca de novas fontes de rendimento, de acordo com o que foi avançado pelo diretor comercial da empresa.

A londrina YPlan, que de acordo com o metro.co.uk foi um dos sucessos no Reino Unido em 2014, concebeu uma aplicação móvel que ajuda o utilizador a descobrir os melhores eventos do dia. Segundo a VentureBeat, 30 por cento dos londrinos tem já a app instalada nos seus iPhones.

No fim de 2013, a YPlan ampliou os seus horizontes e estendeu o braço até São Francisco e Las Vegas, já com cerca de 1,5 milhões de downloads registados.

Depois de no ano passado ter embolsado cerca de 12 milhões de dólares de uma ronda de investimentos, em 2014 conseguiu conquistar um valor duas vezes superior, numa altura em que a empresa visa potenciar a sua aplicação.

Por seu lado, a TransferWise desenvolveu uma aplicação que permite transferências bancárias peer-to-peer, eliminando intermediários supérfluos e ajudando o utilizador a poupar dinheiro com cada transação.

Em junho, a TrasnferWise conseguiu arrecadar investimentos no valor de 25 milhões de dólares. Pouco depois, a empresa passou a integrar o universo iOS, e de seguida o Android.

Colocando ativamente em marcha uma campanha que visava apontar o dedo às taxas que os bancos cobram sobre as transferências, a TransferWise procurou abranger uma mais avolumada audiência.

O cofundador da startup, Taavet Hinrikus, disse que o maior desafio da empresa prende-se com a consciencialização do público, em fazê-lo ver de que forma os bancos aproveitam-se de taxas cobradas sobre alguns serviços, nomeadamente as transferências, para aumentar as suas receitas.

Para 2015, o executivo afirmou que a empresa continuará fortemente focada no crescimento, expandindo as potencialidades do serviço e instalando-se em novos mercados.

Filipe Pimentel

Formado em Ciências da Comunicação, tem especial interesse pelas áreas das Letras, do Cinema, das Relações Internacionais e da Cibersegurança. É incondicionalmente apaixonado por Fantasia e Ficção Científica e adora perder-se em mistérios policiais.

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