O documento combina dados da Comissão Europeia com informação global sobre startups da Dealroom, analisando mais de 13 600 startups apoiadas pela UE. Este relatório constitui a primeira avaliação completa do impacto dos programas de apoio às startups da UE no crescimento e na inovação.
Casos de sucesso como a BioNTech, que desenvolveu uma vacina contra a Covid e a ARM, na área da tecnologia de chipsmóveis, demonstram o grande potencial de inovação das empresas europeias.
Embora a ARM tenha beneficiado de um programa-quadro anterior da década de 1990 e não esteja incluída na avaliação de 400 mil milhões de euros das atuais startups, a sua inclusão eleva o valor total da criação de valor para 520 mil milhões de euros.
Thijs Povel, managing partner na Dealflow.eu afirma que “ao combinar os dados internos da Comissão Europeia com os dados da Dealroom, pudemos obter perspetivas muito interessantes sobre o destino e os resultados do financiamento público. Estamos muito satisfeitos por ver que as startups apoiadas pela UE conseguiram quase multiplicar por seis vezes o seu financiamento público de 12 mil milhões de euros, angariando mais de 70 mil milhões de euros em financiamento privado e realizando um valor empresarial de 520 mil milhões de euros”.
Dito isto, o mesmo responsável mostrou-se ainda chocado “ao ver que apenas 5% dos 225 mil milhões de euros de financiamento público foram para startups e esperamos que esta atribuição mude nos futuros programas-quadro”.
Cerca de 74% das startups apoiadas pela UE fabricam produtos físicos, sobretudo em áreas tecnológicas de ponta, em comparação com 25% no ecossistema europeu total. O apoio da UE também desempenha um papel fundamental em setores como a tecnologia espacial, os semicondutores, a tecnologia climática e a robótica.
“Estas startups apoiadas pela UE têm também uma taxa de sucesso significativamente maior entre as rondas de capital de risco, em comparação com as startups europeias apoiadas por capital de risco que não receberam qualquer financiamento da UE”, segundo o relatório.
Estas conclusões mostram o papel importante que os programas da UE desempenham, muitas vezes na fase early-stage, “na redução do risco da trajetória de crescimento dos campeões tecnológicos europeus”.
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