Já a tínhamos conhecido em Milão, no Cisco Live 2015, evento que aproveitou para absorver a cultura da empresa norte-americana. Sofia Tenreiro, a nova diretora-geral da Cisco no nosso país, deu a sua primeira entrevista à “B!T”. E no dia em que decorre o Cisco Connect Portugal, o seu primeiro evento como responsável pelas cores lusas, Sofia Tenreiro falou-nos das suas expectativas e de como pretende garantir que a empresa continue a ajudar os seus clientes a ultrapassarem os desafios das grandes transições tecnológicas – Cloud, Big Data, mobilidade e segurança. E reforçar Portugal como um centro de excelência de nearshoring da Cisco.
Para liderar a subsidiária portuguesa da Cisco é necessário ser e gostar de “jogar em equipa”, pois a cultura da empresa estimula à partilha, à participação e ao envolvimento de todos, sendo esse um dos fatores que nos garantiu a distinção Great Place to Work ao longo dos últimos cinco anos. Acredito que terei o papel de estimular e incentivar as equipas a reforçar o posicionamento de empresa de referência no mercado das TI, para podermos alcançar a sua liderança, fortalecendo a nossa posição de confiança junto dos nossos parceiros e clientes e continuar a atrair investimento.
Quais os principais desafios que um cargo como este pode representar?
Felizmente que há muitos desafios mas, mais importante do que criar uma lista infindável, é ter, em conjunto com a equipa da Cisco, uma postura proativa e de proximidade com os nossos parceiros de negócio e clientes, de forma a potenciar o constante crescimento em conjunto do negócio e do posicionamento como trusted advisor no nosso ecossistema.
Quais as principais metas a que se propõe?
As minhas metas pessoais são as metas da Cisco. Fazer crescer o negócio, reforçar o posicionamento de referência no mercado de TI, sermos considerados o Trusted Advisor junto dos nossos clientes e parceiros. Além do mais, procurarei liderar as equipas da Cisco para desenvolvermos e apoiarmos a adoção das melhores e mais inovadoras plataformas tecnológicas que temos apresentado ao longo dos últimos anos, que ajudam as empresas a ultrapassar os desafios das grandes transições tecnológicas, por exemplo Cloud, Big Data, mobilidade e segurança. Reforçar Portugal como um centro de excelência de nearshoring da Cisco é outra das grandes metas.
A cultura da Cisco difere da preconizada pela Microsoft?
Na Cisco quem entra sente que pertence a uma grande família, onde a interculturalidade não é uma barreira, mas sim uma ponte para abraçar e alcançar novos desafios. Digo-o com confiança e com experiência destes meus primeiros dias na Cisco, onde a equipa me recebeu e me apoiou para uma rápida adaptação. Isto também se deve muito à forte cultura da Cisco, preconizada pela liderança de John Chambers, onde todos fazem parte da equipa e devem sentir isso, pois todos são válidos e valiosos para a obtenção dos objetivos da empresa.
Quais os objetivos da Cisco para o corrente ano, em termos de negócio?
A Cisco Portugal encontra-se num bom momento, estamos numa região que apresentou os melhores resultados de toda a região EMEAR, com um crescimento de 20%, como foi publicamente apresentado nos últimos resultados da Cisco. Os nossos objetivos passam por manter este percurso de crescimento e sucesso, reforçando a nossa presença nos segmentos onde somos líderes – mais de 12 segmentos de mercado, incluindo routing, switching, colaboração, voz, web conference, segurança, servidores e infraestrutura Cloud – e crescer mais do que a nossa concorrência nos segmentos onde ainda não somos. Estaremos focados em algumas áreas estratégicas de negócio como Wireless, Big Data, Segurança, Data Center e Colaboração.
Portugal já está a assistir a um novo ciclo de investimentos nas TI?
Portugal está a viver tempos de retoma económica – o Banco de Portugal afirma que o nosso PIB vai crescer de 0,4 para 1,5% este ano – e acredito que esta retoma também será vivida no sector das TI, com um novo ciclo de investimentos. Porém este novo ciclo será diferente do que assistimos no passado! As empresas irão procurar simplificar as suas plataformas tecnológicas, as suas soluções terão de ser racionalizadas e ágeis, sem deixar de ter em atenção o ponto fulcral da segurança. Esta mudança na forma de investir em TI faz todo o sentido para a Cisco, onde temos vindo a chamar a atenção para a importância do novo modelo tecnológico – que denominamos Fast IT – e que permitirá às empresas tirar partido da Internet of Everything. Em conjunto com clientes e parceiros, apresentaremos este conceito e tudo o que ele significa ao nível de negócio no Cisco Connect 2015, o nosso maior evento em Portugal.
Quais são as grandes necessidades das empresas portuguesas e até que ponto diferem das suas congéneres europeias?
As necessidades são muito semelhantes e próximas entre as empresas nacionais e as suas congéneres europeias. Estamos a falar de procurar adotar um modelo tecnológico com menor grau de complexidade, mais ágil, rápido e seguro, de modo a permitir obter ganhos através da redução de custos e racionalização de processos, potenciando em simultâneo novas oportunidades de negócio. Portugal deve também apostar ainda mais na inovação e, para isso, é imprescindível aumentar o investimento em tecnologia, tanto no sector público como privado.
Em 2015, o que acreditam que irá contribuir mais para o bolo do negócio conquistado?
A Cisco encontra-se num bom momento, sendo uma empresa forte, líder em vários segmentos de mercado e com sólidas relações com clientes e parceiros. Acreditamos que continuaremos o percurso muito positivo que vivemos em 2014, porém existem algumas áreas que esperamos que se destaquem devido à nossa estratégia de investimento, como é o caso de Wireless, Big Data e Segurança.
Continuam na “luta” pela Internet de Todas as Coisas. As questões de segurança implícitas num conceito como este poderão ser um entrave na sua adoção?
É verdade que com a IoT/IoE e o aumento exponencial de conexões haverá também um aumento da ciberdelinquência, dando lugar a vários problemas desde roubo de informação confidencial e propriedade intelectual/industrial até ciberataques a grandes instalações elétricas. Este é um tema sensível, mas fundamental para o crescimento da Internet of Everything e, como tal, a Cisco tem procurado reforçar a sua oferta de segurança: para mitigar o problema, existem novas ferramentas de análise em tempo real como a Cisco SIO, que deteta as ameaças e comunica com os routers, os gateways e os sistemas de segurança (firewalls e IPS de próxima geração, etc.) para detê-las. A chave para a segurança na IoT/IoE é que a dita segurança esteja integrada na rede, de forma que a própria rede utilize ferramentas de análise em tempo real e de mitigação automáticas para deter as ameaças mais avançadas (incluindo os ataques Dia Zero). E para isto é fundamental que as conexões estejam baseadas no IP.
De que modo as empresas, nomeadamente as portuguesas, poderão realmente beneficiar de um modelo destes?
O modelo da Internet of Everything tem sido testado e analisado em profundidade por diversas entidades externas, mas relembro o estudo que a Cisco apresentou que refere estar em jogo um potencial económico de 14,4 triliões de dólares (11 triliões de Euros Europeus) até 2023, para as empresas do sector privado à escala global. Este potencial económico prende-se com poupanças obtidas pela sua adoção, bem como por oportunidades de negócio latentes e que serão endereçadas eficazmente por este modelo tecnológico (dos quais o continente europeu poderia conseguir 30%). Ou seja, na aplicação da tecnologia para transformar as atividades económicas em casos de uso como smart grids, edifícios inteligentes, veículos conectados, automatização de fábricas, saúde, cadeia de fornecimento, cuidados virtuais a consumidores, pagamentos online, tele trabalho, lazer e entretenimento online, etc.
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