Smartphones multiplicam-se e tráfego móvel aumenta

Um estudo da Ericsson revela que 70 por cento da população mundial terá smartphones em 2020 e que 90 por cento está coberta por redes de banda larga móvel.

2013-05-20-smartphones

No espaço de cinco anos, as subscrições de smartphones ascenderão aos 6,1 mil milhões, sendo que o maior quinhão registar-se-á na região Ásia-Pacífico. Os países da Europa central e oriental representarão a percentagem mais baixa.

O Mobility Report da Ericsson aponta, assim, para o desenvolvimento dos mercados da mobilidade é alimentado pela redução dos preços dos smartphones, tornando-os mais acessíveis financeiramente. Cerca de 80 por cento das novas subscrições destes dispositivos será registado na Ásia-Pacífico, Médio Oriente e África.

Uma consequência direta do crescendo de smartphones será o aumento do tráfego de dados móveis. Estima o estudo que até 2020 o volume de dados móveis aumente dez vezes. Na dimensão norte-americana, a utilização média de dados móveis por smartphone passará dos 2,4 GB de hoje para 14 GB em meia década.

O diretor de estratégia da Ericsson, Rima Qureshi, acredita que o crescimento exponencial de smartphones, e, inerentemente, de dados móveis, levará a que o Big Data adquira novos contornos, e que as operadoras de serviços de telecomunicação devem posicionar-se de forma a capitalizarem novas oportunidades de negócio e fontes de receitas que dessa revolução emergirão.

A Ericsson prevê que, até 2020, o tráfego de vídeo aumentará cerca de 275 por cento (55 por cento por ano) e que, até ao fim deste mesmo período, representará aproximadamente 60 por cento de todo o tráfego móvel. O fortalecimento dos serviços de streaming e o crescente volume de conteúdos de vídeo nas redes sociais desempenham um papel crucial no aumento do tráfego desta natureza.

Uma décima parte do total dos subscritores consumo altos níveis de dados. Contudo, apesar de ser uma porção reduzida, gera cerca de 55 por cento de todo o tráfego. O vídeo assume um papel preponderante junto destes utilizadores, sendo que consomem em média uma hora destes conteúdos por dia, “20 vezes mais que a média dos outros utilizadores”, aponta a Ericsson.