A ideia é usar blockchain, a tecnologia que está por detrás da criptomoeda Bitcoin, para permitir a autenticação biométrica segura dos passageiros durante toda a viagem – eliminando a necessidade da utilização de documentos de viagem, e sem que os passageiros tenham de partilhar os seus dados pessoais.
A investigação está a ser feita pela SITA Lab, equipa de desenvolvimento tecnológico da empresa. O objetivo é criar uma solução que inclua passaportes virtuais ou digitais com um código seguro em dispositivos móveis e portáteis para reduzir custos, complexidade e responsabilidades em torno do processo de verificação de documentos durante a viagem.
“Neste momento, a tecnologia blockchain oferece-nos o potencial para promover uma nova forma de usar dados biométricos”, explicou Jim Peters, diretor tecnológico da SITA. “Isto possibilita que a biometria seja usada para além das fronteiras e em todos os aeroportos, sem que os dados dos passageiros sejam guardados pelas várias autoridades.” O problema que existe hoje é que, com a arquitectura dos sistemas informáticos, existem múltiplas trocas de dados entre diversas entidades e passos de verificação, “que reduz a capacidade de existir um único sistema global”, indica o responsável.
A investigação da empresa imagina os passageiros a criarem um código verificável nos seus telemóveis que contenha dados biométricos e outros dados pessoais. Não interessará qual o local para onde se viaja, qualquer autoridade pode simplesmente fazer ‘scan’ da sua cara e do seu dispositivo para verificar que é um passageiro autorizado. A SITA Lab tem trabalhado com a startup ShoCard numa prova de conceito inicial que foi apresentada às empresas na Air Transport IT Summit em Barcelona.
Armin Ebrahimi, CEO da startup, fala de uma revolução digital. “Hoje estamos a mostrar como a nossa plataforma de identidade, construída através de blockchain, aliada às soluções de transporte aéreo e gestão de fronteiras da SITA pode melhorar a experiência dos passageiros enquanto lhes é assegurada segurança.”
Os investigadores estão a desenvolver um sistema versátil e seguro para fazer com que este código de viagem funcione globalmente, através das fronteiras. A ciência crypto-led da blockchain permite a existência de uma rede de confiança, “onde as fontes e a história dos dados é verificável por toda a gente.”
Jim Peters sublinha ainda que a blockchain é “simplesmente uma base de dados onde são gravadas e confirmadas as transações de forma anónima.”
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