Em comunicado, o CEO Sunil Paul informou os clientes da Sidecar de que todas as operações de boleias e transporte de bens serão cessadas no último dia do ano. O executivo ressalva, no entanto, que a equipa vai “trabalhar em alternativas estratégicas e preparar o terreno” para a próxima grande inovação.
Pelo caminho ficam 32 milhões de euros de investimento, levantados em rondas nas quais participaram nomes como Richard Branson e Mark Pincus, Google Ventures e Avalon Ventures. Um montante muito inferior às largas centenas levantadas pela Uber e pela Lyft, as duas principais empresas de boleias via smartphone.
A Sidecar nunca teve os problemas regulatórios das concorrentes, porque Sunil Paul trabalhou em antecipação para garantir a conformidade e até conseguiu fazer passar na Califórnia legislação para enquadrar a partilha de carros peer-to-peer, em 2011. Mas ele explorava esta ideia há uma década: em 2002, foi-lhe atribuída uma patente para o uso de smartphones para coordenar transportes.
“Há muito tempo, concebemos a tecnologia que deu origem ao movimento da partilha de boleias. E há quase quatro anos inventámos o que é agora conhecido como tal com uma aplicação que ligava os passageiros a condutores do dia a dia nos seus carros”, escreveu Sunil Paul. “As pessoas adoraram. Era seguro, conveniente e barato.”
Também não sofria de problemas como o aumento dos preços em momentos de muita procura, como a Uber, e oferecia aos passageiros a possibilidade de escolherem o condutor que preferiam. Mas o crescimento não foi suficiente. Sunil menciona a “diferença de capital” entre a sua empresa e a concorrência, e talvez esse tenha sido um ponto importante. Por outro lado, a Uber rapidamente passou a ter oferta semelhante aos serviços de entregas que a Sidecar criou, o que dificultou a sua expansão.
Sunil não referiu o motivo pelo qual a startup encerra, nem quantos condutores serão afetados. Certo é que o modelo de negócio, embora apetecível, não vai funcionar para a maioria dos empreendedores.
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