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Serviço fixo atinge máximo histórico em Portugal

No final do ano passado, esta taxa atingiu 45,1 acessos por 100 habitantes, mais 0,9 pontos percentuais em relação a 2014. “Trata-se da taxa de penetração mais elevada desde que a Anacom compila esta informação e decorre da expansão dos pacotes de serviços que incluem o serviço fixo”, refere o regulador do sector em comunicado.

O mercado está também mais rentável: de acordo com os dados, as receitas totais do serviço aumentaram 16,7% para 1,838 mil milhões de euros, em relação a 2014. Este montante inclui as receitas individualizadas e as receitas de pacotes em que o serviço fixo está incluído, o que abrange neste momento 8 em cada 10 clientes do serviço fixo.

Em termos de operadores, a Meo perdeu quota de mercado: lidera agora com 46,3%,  contra os 49,8% que detinha em 2014. Segue-se a Nos com 36,6% dos clientes, uma subida em relação aos 34,9% no ano anterior. Em terceiro está a Vodafone, que foi o operador que conquistou mais clientes em termos líquidos, subindo a quota para 12,3% – uma subida de 2,7 pontos em termos homólogos, indica o relatório. No total, há 3,86 milhões de clientes de telefone fixo em acesso direto, mais 2,9% que no ano anterior.

A Anacom refere que o crescimento da penetração do serviço fixo resultou do aumento dos acessos suportados em redes de fibra óptica, de cabo e GSM/UMTS/LTE, que já representam 41,8% do total de acessos, e que compensou a diminuição dos acessos analógicos e RDIS.

No entanto, o tráfego de voz em minutos caiu 15% em 2015, para 6462 milhões de minutos, uma quebra acima da redução média dos últimos cinco anos. Isto deveu-se sobretudo à diminuição do tráfego fixo-fixo e a substituição do telefone fixo pelo telemóvel na sequência do crescimento dos pacotes 4Play e 5Play, que incluem serviços móveis e chamadas gratuitas para todas as redes.

Por outro lado, está a aumentar a adesão a novas formas de comunicação baseadas na Internet, através de operadores Over The Top (OTT). As chamadas de voz ou de vídeo pela internet feitas em Portugal atingiram 37% dos utilizadores, o que é similar à média da UE 28.

A Anacom refere ainda dados do Barómetro de Telecomunicações da Marktest, que no quarto trimestre de 2015 aponta para 49% dos utilizadores de internet com 15 ou mais anos a realizarem chamadas de voz pela internet.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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