A Vodafone tem 24 mil milhões de libras para aquisições, mas será que se vai mover para serviços de linha fixa no Reino Unido?
O CEO da Vodafone Vittorio Colao recentemente gabou-se que a sua empresa tinha a capacidade de gastar entre 30 mil milhões e 40 mil milhões de dólares em aquisições nos próximos anos e que nenhum alvo estava fora do seu alcance.
A operadora britânica estará certamente com dinheiro uma vez que completou a venda no valor de 130 mil milhões da sua parcela de 45 por cento da Verizon Wireless no início do mês – mesmo depois de ter entregue uma soma significativa aos acionistas e investiu 19 mil milhões de libras na sua rede global para os próximos dois anos.
Reduzir a dependência mobile
Mas que tipo de empresas deve comprar? Um padrão tem vindo a emergir das suas recentes aquisições: a empresa quer reduzir a dependência no negócio pelo é qual é mais conhecido: serviços mobile.
Nos meses recentes, a Vodafone citou frequentemente as condições económicas e regulatórias desafiantes para a queda nas receitas no sul da Europa, enquanto os rendimentos continuam a cair em mercados fortes anteriores como o Reino Unido e a Alemanha. No terceiro trimestre de 2013, as receitas em Espanha e Itália caíram 14,1 por cento e 16,6 por cento, enquanto também encolheram 7,6 por cento na Alemanha e 5,1 por cento no Reino Unido.
Colao disse aos repórteres em novembro que está confiante que a situação na Europa melhore, mas a empresa moveu-se para construir e comprar linhas fixas de rede para que ofereça pacotes mobile quad-play, banda larga, televisão e serviços de telefone fixo, que são populares no continente.
Ele é inflexível em que a Vodafone tem dinheiro para considerar aquisições se fizerem sentido para os negócio mas não vai entrar numa loucura de compras só porque tem dinheiro no bolso para queimar.
Dinheiro para gastar
“Não gosto da palavra loucura de compras ou da expressão ‘grande carteira'”, disse aos repórteres em novembro. “Todas estas coisas indicam que fazes coisas quando tens dinheiros mas que não fazes quando não tens dinheiro. Essa não é a forma como uma empresa pública como nós trabalha”.
Mas fez algumas grandes mudanças para um número de empresas nos últimos anos, mais notável quando acabou com a competição da Liberty Global para a Kabel Deutschland no último ano. Concordo o pagamento de 7,7 mil milhões de euros pela maior operador de cabo da Alemanha, aumentando a sua base de consumidores do dia para a noite, permitindo oferecer acordos quad-play e operar a sua própria rede.
A Vodafone começou a trabalhar em redes de fibra em Itália e Espanha, mas geograficamente tem limitações que significa que também tem comprado no sul da Europa. Apesar de concordar um acordo de acesso com a rival Telefónica, a Vodafone terá oferecido 5,8 mil milhões de libras pela Ono e tem sido, também, fortemente ligado à Fastweb, detida pela Swisscom.
É também a preferida para construir uma rede de fibra assistida pelo governo na Irlanda, usando a rede elétrica do país, reduzindo a dependência da Vodafone na Eircom e na BT Ireland, que as suas redes super rápidas são usadas atualmente para fornecer serviços de Internet aos consumidores.
Dilema britânico
Mas no Reino Unido, parece que não haver alvos óbvios e a Vodafone não tem uma presença de linha fixa, algo que causa preocupações dado a recente aquisição da Liberty Global pela Virgin Media e com os planos da BT de lançar um serviço mobile para complementar a extensiva fibra e ofertas de televisão premium.
A Vodafone e a Sky terão discutido a possibilidade de uma aliança envolvendo conteúdo partilhado ou até construir a sua própria rede de fibra juntas, mas o custo da solução para estar em ação provará, provavelmente, que é proibitiva.
“É um tópico que vamos olhar nos próximos anos”, disse Colao quando questionado em novembro se tinha planos para construir uma rede com largura de banda super rápida.
Claro, a Vodafone tem a rede enterprise que adquiriu com a aquisição da Cable and Wireless por mil milhões de libras em 2012, e Colao diz que o focus inicial é em serviços enterprise porque são mais lucrativos do que aqueles para os consumidores. Isto é especificamente verdade em Londres, onde a Vodafone está a investir um valor significativo.
“Queremos liderar em Londres”, afirmou Colao, acrescentando tem um número de grandes consumidores com grandes gastos.
Comprar a Liberty Global?
Pode ser surpreendente que a Vodafone nunca fez uma aproximação pela Virgin Media quando a Liberty Global comprou o fornecedor cabo por 23,3 mil milhões de dólares em fevereiro, mas se acreditar no que lê, a operadora baseada em Newbury pode por as mãos na rede Branson-branded eventualmente.
Liberty Global está a ser apregoado como a último alvo de aquisição da Vodafone. Com rede de cabo em 14 países, Liberty pode expandir a pegada cabo da Vodafone em toda a Europa do dia para a noite. Os 40 mil milhões de dólares da Vodafone devem ser mais que suficientes para cobrir o custo – mas tal negócio pode atrair a atenção dos reguladores alemães, dada a posse da companhia na Kabel Deutschland.
Tomar conta da Liberty pode também proteger a Vodafone do takeover pela AT&T, que tem estado a vasculhar por um operador europeu recentemente, mas isto pode não agradar a alguns acionistas da Vodafone. Muitos deles podem ter aprovado a vendar da parcela de 45 por cento da Vodafone na Verizon Wireless, especificamente para fazer a Vodafone mais atrativa à rede norte-americana.
Linha fixa do futuro
A Vodafone tem “dedos em muitas tartes”, e a sua performance em mercados emergentes como a Turquia, Índia e África do Sul é encorajante, mas não é claro que a empresa quer diversificar desde as raízes do mobile para manter o crescimento.
Ainda que vender a parcela na Verizon forneça um lucro inesperado útil, vale a pena apontar que a Verizon Wireless era uma das partes mais lucrativas da Vodafone. O que quer que seja que compre tem de ser um bom substituo – e é mais do que claro que a empresa vê a largura de banda de linhas fixas e pacotes quad-play uma forma de assegurar isto.
E no Reino Unido, com a Sky, BT e TalkTalk a mover-se para os territórios tradicionais dos outros, pode ter de mover-se depressa para não perder tudo.
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