Tim Cook professa a defesa da privacidade da informação e critica as suas rivais que olham para o utilizador como um “produto”. Mas poderá pensar-se que estas palavras são gritadas no vazio, visto que o negócio de publicidade da Apple, o iAd, recorre às informações dos utilizadores para vender publicidade online e para suportar estratégias de publicidade direcionada.
O CEO da mais valiosa empresa norte-americana tem, segundo o Business Insider, apregoado, nos últimos tempos, a conduta pró-privacidade sob a qual a Apple opera, demarcando-se de rivais como a Google ou o Facebook, que recorrem a informações dos seus utilizadores para alimentar os seus negócios de publicidade online.
Relata o Business Insider que Cook afirma que os produtos da Apple são os seus smartphones, tablets e outros tantos dispositivos, e não os seus utilizadores.
Numa entrevista ao The Telegraph, o diretor executivo da tecnológica declarou que os utilizadores não estão ainda cientes da forma como é usada a sua informação. Nessa conversa, Cook censura a legitimização do acesso às informações dos utilizadores, seja por empresas, seja por entidades governamentais.
Não obstante a sua demonstrada posição como defensor acérrimo da privacidade, o CEO lidera uma empresa que integra uma unidade de negócio de publicidade online. O iAd, como as demais plataformas de publicidade digital, recorre a informações dos utilizadores para alicerçar as suas campanhas direcionadas. Desta feita, as palavras de Tim Cook poderão perder o seu encanto.
O website disse que em 2010 a Apple revelara o iAd como um novo modelo de publicidade online, e como uma forma de atrair e conservar programadores, procurando minimizar a pressão exercida pelo forte braço publicitário da rival Google.
O eMarketer estima que o iAd representa cerca de 2,6 por cento de todo o mercado de publicidade online, gerando 487 milhões de dólares por ano.
Em termos comparativos, em 2014 a Apple registou receitas de 183 mil milhões de dólares, pelo que o negócio de publicidade assente no iAd representa algo como 0,3 por cento da totalidade das receitas da tecnológica.
É, então, evidenciada a pouca rentabilidade da sua unidade de publicidade online, que leva muitos a dizer que o iAd poderá ter os dias contados, enquanto outros afirmam que está na hora da Apple conceder uma morte misericordiosa ao serviço.
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