O projeto IbiCardioRotors foi o vencedor do prémio Fundação Altran. A equipa da startup IbiTron desenvolveu um colete com sensores elétricos e magnéticos que permitem acompanhar e estudar os diferentes ritmos cardíacos.
O projeto e a tecnologia foram distinguidos no mês passado, recebendo o prémio Fundação Altran para a Inovação. Por agora, o IbiCardioRotors vai disputar o prémio internacional, em Paris, sendo o vencedor internacional divulgado no início de fevereiro.
Esta não é a primeira vez que a tecnologia demonstra as suas potencialidades no campo da saúde. No caso deste projeto, é possível apresentar inovações na monitorização do coração. A fibrilhação auricular é a arritmia cardíaca com maior número de hospitalizações e atinge um por cento da população mundial.
Este colete, dotado de sensores elétricos e magnéticos permite acompanhar e estudar os diferentes ritmos cardíacos, podendo ser uma valência na prevenção de doenças cardíacas no futuro.
É possível fazer o registo simultâneo dos eletrocardiogramas e magnetocardiogramas multi-canal, ao juntar sensores eletrónicos de ponta com o modelo computacional a três dimensões. Esta tecnologia revela-se mais invasiva do que a existente atualmente; para além disso, permitirá também fazer o mapeamento detalhado das correntes elétricas endógenas cardíacas em situações de internamento, intervenção terapêutica e em ambulatório.
A nível de hardware, o colete – que recebeu o nome de Cardio Vest – é constituído por sensores elétricos e magnéticos, que captam tanto os campos elétricos como os campos magnéticos. É usada alta resolução de conversão dos sinais analógicos para o formato digital, ao usar a ferramenta de processamento, interpretação e visualização da informação gerada.
Por agora, a próxima fase do projeto passa pelo aperfeiçoamento do protótipo e concretização total do IbiCardioRotors, que representa um valor total de 750 mil euros, nos próximos três anos. Para do valor será usado para compra de material eletrónico, para que se cumpra o objetivo de conclusão do protótipo, no final do segundo semestre de 2015.
Após esta fase, a equipa será alargada, com a contratação de dois engenheiros biomédicos e um engenheiro informático. A principal função deste reforço da equipa é a evolução das componentes de visualização 3D e a navegação de cateteres intracardíacos em tempo real.
Só mais tarde será a validação clínica do protótipo e a certificação internacional.
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