De acordo com indicadores de mercado, a segurança na Internet vai ser ainda pior em 2014. Esta informação é avançada por Steve Wexler, jornalista especializado em tecnologia corporativa.
A mudança do cenário da TI corporativa abre oportunidades para esse aumento dos riscos. De acordo com a IDC, 70 por cento dos CIOs vão aumentar a sua dependência em relação à cloud. As soluções baseadas em cloud vão reduzir os custos e aumentar a flexibilidade das empresas e aumentarão as vulnerabilidades na segurança.
“Até 2015, 60 por cento dos orçamentos de segurança dos CIOs terão de 30 a 40 por cento menos verba para financiar riscos de ameaças para a empresa”, refere Steve Wexler.
A fornecedora de antivírus Trend Micro aponta no relatório que se prevê um risco potencial de uma falha grave por mês este ano. “Vemos a sofisticação das ameaças a expandir a um ritmo rápido, desde vulnerabilidades bancárias móveis e ataques direcionados, a crescentes preocupações com a privacidade. O ano de 2014 promete ser promissor para o cibercrime”, diz Raimund Genes, CTO da Trend Micro.
A empresa prevê várias ameaças crescentes para 2014, o que inclui mais de três milhões de aplicações mal-intencionados ou de alto risco para Android, mais ataques man-in-the-middle ligados às atividades bancárias móveis e os riscos com o fim do suporte e as atualizações de segurança para o Windows XP.
Um relatório da Gartner divulgado em novembro do ano passado informou que os CIOs e CISOs, com medo crescente dos riscos da segurança, estão a afastar-se das práticas de gestão de risco corporativo e da segurança da informação baseada na antecipação do risco para assumir um ataque apenas técnico aos riscos de segurança.
Segundo a Gartner, é o “efeito FUD” (fear, uncertainty and doubt) que “leva à tomada de decisão reacionária e altamente emocional”, não sendo uma boa maneira de tomar decisões empresariais.
No entanto, as empresas estão a investir mais em tecnologia de segurança e Wexler prevê um aumento de quatro por cento este ano, assim como aumentos maiores que este nos anos seguintes. O governo norte-americano deverá aumentar o seu próprio orçamento de segurança digital de 5,9 para 6,1 mil milhões de dólares no próximo ano, ou seja, de 4,3 para 4,4 mil milhões de euros, e para até 7,3 mil milhões de dólares até 2017, o que equivale a 5,3 mil milhões de euros.
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