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Seedrs permite investir em startups

A partir de hoje, a Seedrs, empresa co-fundada por um português, permite que qualquer pessoa na Europa possa investir em startups. Esta empresa tem estado em crescimento no Reino Unido e só este ano foram já investidos 2,6 milhões de euros através do site.

Os investidores ficarão com uma parte da empresa e com a esperança de colher dividendos quando, e se, o negócio for um sucesso.

A plataforma abre as portas do financiamento de risco, uma atividade restrita a investidores profissionais com acesso a capital que conhecem o meio. Até agora, o serviço apenas podia ser utilizado em território britânico.

Lançado no ano passado, tem já 25 mil utilizadores registados e o dinheiro angariado na plataforma aumentou em 2013 cerca de 600 por cento face a 2012. Desde o início do ano foram angariados através da Seedrs cerca de 2,2 milhões de libras, o que equivale a 2,6 milhões de euros.

Carlos Silva, Presidente e Diretor de operações, e Jeff Lynn, Diretor Executivo, foram os fundadores da empresa em 2009. Carlos Silva foi estudar para Inglaterra com o objetivo de montar uma empresa e percebeu que obter o financiamento inicial é o maior obstáculo para os empreendedores. Foi então que surgiu a ideia e atualmente a Seedrs já emprega quase duas dezenas de pessoas, distribuídas entre as capitais de Inglaterra e Portugal.

Todo o processo de investimento através da Seedrs decorre online. As startups que apresentam o negócio na plataforma anunciam quanto pretendem angariar e que parcela da empresa estão dispostas a dar em troca. Os utilizadores podem investir apenas dez libras, cerca de 12 euros, e ficam com uma participação na empresa correspondente ao investimento feito. Se a startup conseguir angariar a totalidade dos fundos que pretende, a Seedrs cobra uma comissão de 7,5 por cento.

A plataforma recebe mensalmente entre 50 a 60 candidaturas de empresas que pretendem angariar dinheiro e seleciona apenas metade.

A internacionalização da plataforma permite agora a qualquer pessoa na Europa fazer investimentos. No entanto, ainda há limitações. Apesar de já haver planos para integrar a possibilidade de usar euros, todas as transações são feitas em libras. Outra limitação é que as startups que quiserem usar a Seedrs têm de estar sediadas no Reino Unido.

Carlos Silva diz que a Seedrs não dá lucro e que “as receitas são insignificantes”. O Presidente e Diretor de operações espera que daqui a um ano a empresa deixe de dar prejuízo.

A oportunidade de financiamento foi aberta a investidores institucionais, que deverão representar de 40 a 50 por cento do capital nesta ronda. Contudo, qualquer pessoa poderá usar o site da Seedrs para adquirir também um pouco da empresa.

Cátia Colaço

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