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SAS Fórum Portugal mostra todas as potencialidades do Business Analytics

A manhã começou com as boas-vindas de Luís Bettencourt Moniz, Marketing Manager do SAS Portugal, que explicou o formato e organização do evento. Em seguida, Fernando Braz, Director Executivo do SAS Portugal, fez uma pequena apresentação sobre o último ano da empresa.

O executivo destacou o facto do SAS ter sido reconhecido, em Portugal, como a melhor empresa para trabalhar pelos critérios de seleção do Instituto Great Place to Work e de como a companhia tem atingido e superado os seus objetivos anos após ano. “Sucesso gera sucesso” referiu o responsável.

Fernando Braz indicou que o SAS tem crescido em todas as suas áreas de actuação, nomeadamente em Analytics, Análise de Risco e Fraude, que foi a área de mais crescimento derivado ao “movimento de digitalização e da Indústria 4.0”. “O SAS está, neste momento, a acompanhar as tendências e a nova plataforma SAS Viya […] é totalmente aberta e preparada para a cloud”, acrescentou.

O Director Executivo falou ainda de Machine Learning e de como o SAS já usa a tecnologia há vários anos nas suas soluções e que tem a “capacidade de marcar a diferença”. Outro assunto em destaque foi o GDPR, “tema que está na agenda de todas ou quase todas as empresas.”  “A normativa já está em funcionamento, já existe. A grande diferença é que a partir do dia 25 de maio de 2018, passam a haver coimas para quem não cumpre. O SAS tem alinhamentos com parceiros do mercado que fazem assements e mais tarde a implementação da tecnologia” para estar de acordo com o normativo.

“A nossa diferença dentro do mercado é que temos uma solução de uma ponta à outra. Temos toda a capacidade na gestão dos dados, na qualidade dos dados, na governação dos dados e sobretudo na área de risk and compliance dos mesmos”, referiu Fernando Braz.

A abertura do evento foi seguida por um painel com o tema “Experience Your New  Possible in CxO” com a presença de António Martins da Costa, Administrador Executivo da EDP; Madalena Cascais Tomé, Presidente Executiva da SIBS; Manuel Eanes, Administrador Executivo da NOS; José Miguel Pessanha, Administrador Executivo do Millennium BCP e Rui Raposo, Administrador Executivo da José Mello Saúde. A moderação do debate coube ao Director Executivo do  SAS Portugal.

Os executivos discutiram as transformações dos negócios e o papel do analytics nas suas estratégias e processos de decisão, assim como a importância que a análise de dados pode ter no futuro dentro das suas áreas de actividade.

Madalena Cascais Tomé referiu que o analytics é fundamental para a actividade da SIBS e que processa “todos os dias 8 milhões de transações.” Os processos de análise “correm diariamente de forma silenciosa e sem ninguém dar por isso. Outra das áreas em que a entidade usa analytics é em anti-fraude.  Em Portugal, “temos nível de segurança que é sete vezes superior à média europeia”, indicou a executiva.

A área de produtos e serviços ao cliente da SIBS  também usa todo o poder os insights para proporcionar melhores experiências de compra e para que os vendedores conseguiam taxas de concretização superiores.

A responsável da entidade de serviços financeiros referiu que o MBWay, foi uma solução inovadora de pagamentos instantâneos na zona Euro, e que surgiu após análise dos dados e de se ter percebido que havia necessidade de um serviço deste tipo e que permitisse pagamentos entre particulares.

Para José Miguel Pessanha, Administrador Executivo do Millennium, a actividade do banco é “uma fonte de dados” e a análise de dados é hoje amplamente usada, nomeadamente na Gestão de Risco, uma das primeiras áreas que teve modelos de Business Analytics. 

“Analytics é um dos pilares da transformação digital” e é usado de forma massiva pela EDP, afirmou António Martins da Costa. “E cada vez mais está na linha da frente daquilo que são as prioridades estratégicas do Grupo.”

Na área das utilities, por exemplo, as redes inteligentes, que correspondem já a 6 milhões de clientes, geram informação que carece de ser analisada de forma continuada. A área de negociação é outro domínio em que a análise é de extrema importância, especialmente agora que “temos um mercado liberalizado em que é preciso fidelizar clientes”.

O representante da operadora de telecomunicações NOS, Manuel Eanes, referiu a importância do analytics num setor tão competitivo e em que a empresa “tem de estar em permanente melhoria e a apreender para atuar” e prestar o melhor serviço possível. Além disso, a nível operacional, a análise dados é importante para conseguir determinar e prevenir os acontecimentos que originam perturbações nas redes. 

Manuel Eanes falou das imensas transformações que o GDPR está a trazer à sua organização, como o facto de terem de recolher novas autorizações de todos os clientes para a recolha de dados, a introdução da figura do Data Protection Officer e do direito ao esquecimento.

“A saúde teve um desenvolvimento muito muito grande e vivemos num ambiente cada vez mais competitivo. Os nossos clientes são cada vez mais exigentes, cada vez mais informados e com maior concorrência” disse Rui Raposo. A diferenciação na prestação de cuidados de saúde é chave e o analytics tem um papel de grande importância pois ajudam-nos a ter processos assistências que identificam as necessidades de saúde dos nossos clientes e conseguirmos responder em concordância.

“Em 2008, nós não tínhamos qualquer informação analítica sobre os nossos doentes, geríamos as unidades pelo lado da oferta e não pela lado da procura”, revelou o Administrador Executivo da José Mello Saúde.

“Hoje, com a entrada do analytics em força nas nossas unidades, conhecemos ao detalhe o perfil de cada um dos nossos clientes.” Desta forma, “conseguimos construir produtos perfeitamente adaptados às necessidades dos clientes”.

Além disso, “temos toda a negociação com as seguradoras com modelos de partilha de risco em que temos de conhecer o melhor possível o utente.”

Todos os intervenientes foram unânimes em afirmar que o analytics é vital para o funcionamento da sua organização e que continuará a sê-lo no futuro.

A conferência continuou com a intervenção de Ulisses Aranz da Accenture que falou de transformação digital e Analytics e referiu que o “negócio e a tecnologia são duas faces da mesma moeda”.  O analista referiu ainda que a inteligência artificial é a nova UI e de como o digital está a mudar as novas vidas e os negócios. 

 

Em seguida, foi a vez do orador mais aguardado do SAS Fórum Portugal, Neil Harbisson, a primeira pessoa no mundo a ser reconhecida como um cyborg. O artista nasceu com acromatopsia, ou seja, sem consegue ver cores e implementou uma antena na sua cabeça que lhe permite ouvir todas as cores, inclusive algumas que o olho humano não deteta como o infravermelho e ultravioleta.

Neil Harbisson não sente que está a usar tecnologia, mas sim que é tecnologia e explicou como foi todo o processo de transformação, a dificuldade em ser reconhecido no Reino Unido como um cyborg  e em renovar o passaporte dado que são permitidos equipamentos eletrónicos nas fotografias de identificação desses documentos. Além do mais, explicou à audiência de que forma como ouve as cores. “Às vezes parece que estou a ouvir música eletrónica”, indicou.

O activista referiu que a antena está ligada à internet e que tem 5 amigos espalhados nos 5 continentes que estão autorizados a enviar-lhe cores para ele ouvir. Além do mais, agora está também ligado à Estação Espacial Internacional e consegue “ouvir” as cores do espaço.

Harbisson falou ainda da organização de que foi fundador em conjunto com Moon Ribas, a Cyborg Foundation, que zela pelos direitos dos cyborgs e ajuda pessoas que querem implementar tecnologia para melhorar a sua percepção da realidade.

A manhã do maior evento de Business Analytics em Portugal fechou com três sessões paralelas de executivos do SAS que abordaram os temas de Text Analytics e a Ciência Cognitiva, o novo SAS Viya  e Optimização AML.

Mafalda Freire

Colaboradora da B!T, escreve sobre TI e faz ensaios. Esteve ligada à área de e-commerce durante vários anos e é fã de tecnologia, do Star Wars e de automóveis.

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