SAP Sailing Analytics ajuda catamarãs do Extreme Sailing Series a “voar”

As regatas do Extreme Sailing Series estão desde ontem em Lisboa. Esta é a primeira vez que a competição tem uma etapa na capital portuguesa sendo que os catamarãs com foils e as suas equipas são cada vez mais competitivos graças à ajuda da tecnologia SAP. A solução SAP Sailing Analytics disponibiliza e analisa grandes quantidades de dados em tempo real e em replay, fornecendo valiosas informações que contribuem para uma melhor performance dos velejadores.

Os catamarãs GC32 que participam na competição em 2016 possuem foils e estão equipados com sensores GPS que permitem a recolha de inúmeros dados como velocidade, altura, distância, entre outros. Esta informação em conjunto com as medições do vento é processada através da aplicação SAP Sailing Analytics, que disponibiliza diretamente a todas as equipas e espectadores informação em tempo real e visualizações em 3D. A solução utiliza tecnologia cloud e em memória assim como SAP HANA.

Milan Cerny, consultor de Business Intelligence da SAP, referiu que a mudança para os foils foi uma oportunidade para a SAP evoluir a sua tecnologia e disponibilizar ainda mais conhecimento sobre as regatas.

A multinacional é parceira tecnológica desta prova mundial com a solução de analítica há 4 anos e o consultor indicou-nos que tudo começou para “mostrar a transparência do desporto aos fãs. O Extreme Sailing Series é um conceito único no mundo porque os barcos estão muito perto da costa e é possível ver tudo bastante próximo, mas para a audiência é por vezes difícil perceber o que está a acontecer na água.”

Nos últimos anos foram muitas as inovações introduzidas pela SAP como por exemplo, no ano passado a colocação de bóias de vento em cada circuito da regata, estendendo a qualidade e o volume dos dados e, este ano de 2016, a disponibilização novos dados de foiling reunidos a partir de sensores a bordo dos barcos.  De acordo com a empresa, pela primeira vez, os velejadores vão ter insights de dados exclusivos e características de foiling da nova geração de barcos das Extreme Sailing Series.

“Nós colocamos tecnologia na água, sensores GPS nos barcos e nas boias e fazemos medições do vento. Este ano introduzimos sensores nos foils em que os barcos são capazes de se elevar acima da água e medimos a altura, pitch, roll e o balanço de cada catamarã.” Isto ajuda a responder a todas as questões das equipas e a melhorar o desempenho das mesmas.

Milan Cerny explicou ainda que “recolhemos todos estes dados e processámo-los em tempo real para darmos uma melhor perspetiva do que está a acontecer a quem está a ver, quer seja no local quer seja em casa, e isso é feito através de mapas com a trajetória dos barcos e também por estatísticas.” Outra das mais-valias é para as equipas, os velejadores podem “analisar como estiveram na água mas também como os seus adversários estiveram.O bom do Sailing Analytics é que funciona exatamente da mesma forma no modo live (em direto) e depois das regatas em modo replay (em diferido).”

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O especialista de BI falou da forma como a plataforma SAP HANA está a ser aplicada na vela e nesta competição em concreto. “Os dados são todos colocados na nossa base de dados SAP HANA para conseguirmos fazer uma análise histórica de vários eventos e de vários anos e descobrir padrões” que possam ajudar as equipas e “ver em detalhe o que estão a fazer mal ou diferente dos restantes. Basicamente, o ciclo que fazem com o nosso software é vão para água, executam, regressam, analisam, aprendem, voltam à agua, executam novamente e idealmente, melhoram os resultados”.

Jes Gram-Hansen, driver da equipa apoiada pela empresa alemã, a SAP Extreme Sailing,  referiu à B!T que a ferramenta de analítica ajuda-nos “a tentar perceber onde podemos fazer melhor. Nós fazemos 6 a 8 regatas por dia e pode ser muito difícil lembramo-nos de tudo que fizemos e quais as manobras que executámos. Com esta tecnologia conseguimos ter acesso a essa informação e aprender com ela”. O co-skipper referiu também que “a análise de cada vez mais regatas, bem como a possibilidade de testar a informação irá ajudar-nos a adaptar os barcos mais rapidamente e a ganhar uma vantagem que nos permita chegar nos primeiros lugares”.

Por sua vez, Rasmus Kostner, skipper da equipa SAP Extreme Sailing falou dos novos barcos e da nova tecnologia dos foils que lhes permite ter mais velocidade. O velejador dinamarquês afirmou que o aconteceu na vela é que “nos últimos 6 anos triplicámos a velocidade que conseguimos atingir e a tecnologia dos foils é algo que realmente mudou o jogo, tudo o que sabemos de repente está mal e precisamos de aprender muito rápido. Termos dados da nossa performance para nos ajudar a perceber o que estamos a fazer bem e menos bem é de extrema importância”.

Milan Cerny  explicou-nos ainda como um dos desafios foi fazer um interface que fosse user-friendly mas também que fosse igual para os fãs e para as equipas. Assim o leadboard utilizado permite a selecção de vários parâmetros caso sejamos mais ou menos conhecedores da tecnologia e ajuda a que as novas equipas que tenham de usar a solução tenham uma rápida adaptação à mesma.

A Extreme Sailing Series decorre até domingo, dia 9 de outubro, na Doca de Pedrouços e traz oito equipas da elite mundial da vela a Lisboa sendo que pela primeira vez está em competição uma equipa constituída integralmente por mulheres, a Thalassa Magenta Racing.