SAP reporta quebra no software e aumento na nuvem
O primeiro trimestre foi mais fraco que o antecipado, avisou a SAP num relatório preliminar em que apresentou resultados mistos. A empresa alemã referiu o abrandamento no Brasil e nos Estados Unidos como principais fatores para a performance abaixo do esperado.
No trimestre findo a 31 de março, a SAP obteve lucros de 1,10 mil milhões de euros, um crescimento de 5% que ficou ligeiramente abaixo do previsto pelos analistas. O total de receitas foi de 4,73 mil milhões de euros, o que também desapontou o mercado, que esperava 4,83 mil milhões.
A nuvem foi a melhor notícia para a gigante alemã neste período: as receitas de subscrições e suporte cresceram 33%, para 680 milhões de euros, enquanto as novas subscrições subiram 22% para 140 milhões.
“O primeiro trimestre é o nosso trimestre com resultados mais baixos”, reconheceu o diretor financeiro, Luka Mucic, no comunicado dos resultados preliminares. “Enquanto a EMEA e a Ásia-Pacífico mostraram uma execução sólida, as Américas tiveram um início de ano mais lento”, explicou. “Transformámos com sucesso o nosso negócio em 2015, contribuindo para o forte aumento dos ganhos por ações”, acrescentou, sublinhando que a empresa pretende manter o outlook para o ano fiscal.
Quebra nas licenças de software
Embora o CEO da SAP Bill McDermott tenha afirmado que “os fatores fundamentais de crescimento estão sólidos, das aplicações S/4HANA à visão completa na nuvem”, as receitas com licenças de software caíram 13%. “A instabilidade política e macro-económica que continua na América Latina, em particular no Brasil, pesaram sobre o desempenho do primeiro trimestre”, referiu a SAP. “A América do Norte, que teve um quarto trimestre de 2015 muito forte, começou o ano mais lentamente que o esperado.”
Ainda assim, a SAP ganhou mais 500 clientes S/4HANA, dos quais 30% são completamente novos na empresa. A plataforma tem neste momento 3200 clientes.
Os resultados finais são publicados a 20 de abril. No total do ano, a empresa mantém a expectativa de lucros entre os 6,4 e os 6,7 mil milhões de euros, o que representará um crescimento até 6%.