A experiência da SAP diz que algumas PME portuguesas já estão a dotar soluções na área do Big Data. Sobretudo aquelas empresas que têm como objetivo alargar a sua competitividade a nível global. Rui Gaspar, responsável de SAP HANA, garante que para atingirem este objetivo as empresas sabem que precisam de ter um controlo preciso e em tempo real do seu negócio, utilizando a informação interna da sua organização, mas também a externa. “A competitividade global impõe uma gestão rigorosa do Big Data, para que as empresas possam utilizar a informação para a gestão mas também, e muito importante, para otimizar os processos operacionais das organizações”.
Ainda há muito potencial para explorar no Big Data e não só no território nacional, disse-nos Rui Gaspar, responsável de SAP HANA. “O Big Data permite criar valor para o negócio com os dados transacionais existentes nos sistemas das empresas, mas também com os dados estruturados (ou não) disponibilizados por organizações externas ou, simplesmente, disponíveis na Internet ou nas redes sociais”. Neste contexto, o responsável explica que as empresas sabem que têm que evoluir para as tecnologias de Big Data para serem mais competitivas, mas a sua maioria ainda está numa fase de “avaliação”. “As empresas precisam de evoluir para arquiteturas atuais onde o tempo real e o reporting operacional assumem um papel central. A SAP tem investido fortemente nesta área para disponibilizar, por exemplo, no seu ERP e CRM, ferramentas que conjugam no mesmo front end as transações do negócio e os dashboards com a análise do contexto associado”. Rui Gaspar salientou que até há poucos anos, a tecnologia não o permitia, mas hoje está disponível através de tecnologias como o SAP HANA.
PME já despertam para Big Data
A experiência da SAP diz que algumas PME portuguesas já estão a dotar as soluções nesta área, principalmente aquelas empresas que têm como objetivo alargar a sua competitividade a nível global. Até porque, explana este responsável, para atingirem este objetivo sabem que precisam de ter um controlo preciso e em tempo real do seu negócio, utilizando a informação interna da sua organização, mas também a externa. “De facto, a competitividade global impõe uma gestão rigorosa do Big Data, para que as empresas possam utilizar a informação para a gestão mas também, e muito importante, para otimizar os processos operacionais das organizações”.
Mas na verdade, até que ponto o Big Data é capaz de acelerar a inovação e promover a tão almejada competitividade? Para Rui Gaspar, em primeiro lugar, as organizações têm que definir as áreas onde podem obter benefícios, através de um roadmap com prioridades e com resultados em curtos intervalos de tempo. Depois, há também que definir uma arquitetura que seja robusta e escalável, que permita a obtenção do retorno dos investimentos efetuados. “É importante utilizar tecnologias de dados potentes, escaláveis e simplificadas, como por exemplo a SAP HANA, conjugadas com ferramentas de exploração ricas, interativas e com capacidades de analisar o passado, entender o presente e estimar o futuro, como as soluções SAP BusinessObjects e SAP Predictive Analytics”.
Poupanças na ordem dos 30%
Entre os clientes da SAP existem exemplos bastante variados. Rui Gaspar garante que existem empresas que otimizaram a sua cadeia de distribuição com poupanças na ordem dos 30%. Outras aumentaram as receitas por cliente na ordem dos 25%, ao mesmo tempo que aumentaram a satisfação dos seus clientes, por conseguirem fazer ofertas adaptadas a cada cliente em tempo real. “Ou empresas que obtiveram poupanças de centenas de milhares de euros por poderem fazer uma gestão dos fluxos financeiros de forma detalhada e não de forma agregada”.
Por tudo isto, um dos grandes desafios é definir uma estratégia de abordagem ao Big Data. Para Rui Gaspar, esta abordagem passa por se compreender onde é que a informação que a organização detém aporta valor ao negócio, quer ao nível das oportunidades para incremento da eficiência, quer no enriquecimento dos seus modelos de negócios ou mesmo na criação de novas alternativas.
O responsável afiança que para se potenciar o Big Data são necessárias plataformas que conjuguem o armazenamento, a integração e o tratamento de dados. “A SAP disponibiliza a SAP HANA Platform que tem como elemento central o SAP HANA, que permite o tratamento em tempo real de informação, nomeadamente, registos, texto, vídeo, com capacidades analíticas, geo-espaciais ou preditivas, que são integradas no processamento in-memory. Integradas na mesma plataforma podem estar bases de dados tradicionais ou repositórios Hadoop, incluindo ferramentas de integração e movimentação de dados com outros ambientes”. Esta plataforma disponibiliza as suas capacidades quer para aplicações já existentes quer para desenvolvimento de novas aplicações, tipicamente, potenciadas pela Cloud e pela Mobilidade.
Evolução das infraestruturas vai continuar a ser fundamental
Aliás, para a SAP, o Big Data continuará a ser suportado na evolução das infraestruturas. Mas passará cada vez mais pela adoção de tecnologias vocacionadas para a exploração da informação, como é o caso do SAP HANA e do Hadoop. “Ainda são consideradas de forma complementar com as tecnologias tradicionais de base de dados, mas a tendência será começar a ter repositórios únicos com a capacidade de suportar tanto os sistemas transacionais como os analíticos na mesma base de dados”. Rui Gaspar explicou que a SAP tem estado a observar essa transição com alguns milhares de clientes a nível global que já adotaram o SAP HANA como base de dados para o ERP e as suas soluções específicas de indústria, conjugando assim estas duas capacidades: transações e relatórios/analítica. “Para além disso, a SAP já disponibiliza muitas aplicações no HANA Marketplace e esse número vai crescer rapidamente com a disponibilização de aplicações pelos mais de 1200 parceiros que já fazem parte do programa de desenvolvimento sobre HANA”.
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