Portugal debate-se com os mesmos problemas inerentes aos desafios globais que a sociedade da informação acarreta. Ou seja, lidar com um grande volume de dados a velocidade aceitável, com dados estruturados ou não e em formatos dispersos pode realmente ser um desafio. Falamos de Big Data, obviamente.
Rui Nogueira, gestor da unidade de negócio de Mid-Market da Sage Portugal admite que existe um problema que também não está relacionado apenas com Portugal, mas que é mais predominante em algumas regiões, que são os aspetos culturais de TI. “O conceito de Big Data é muito abrangente e sai fora das tradicionais áreas de TI empresariais, ele vai além dos dados tradicionalmente armazenados numa base de dados relacional que as empresas estavam acostumadas a explorar e requer outros níveis de conhecimento fora da esfera empresarial tradicional”.
Para este responsável, o Big Data e também o Business Intelligence (Big Analytics) são hoje em dia encarados como complementares ao ERP. “Na nossa opinião, na maior parte dos casos o Big Analytics vem valorizar ainda mais a importância de um ERP. O ERP é o centro da gestão das operações de uma empresa e também é o repositório de informação vital”. Portanto, diz Rui Nogueira, o principal desafio está relacionado com a utilização cada vez mais frequente e integrada de ferramentas nativas de análise e exploração de informação mais abrangentes. “Este será um processo gradual que levará algum tempo a atingir a utilização plena e, mais importante, alcançar os limites das suas potencialidades. Portugal não estará longe desta realidade”.
Basicamente, o Big Data permite explorar uma quantidade inimaginável de dados digitais e as ferramentas de análise permitem o cruzamento dessa informação com o objetivo de proporcionar maior poder de decisão e a inteligência de negócio é essencial para a garantia da competitividade e eficiência. No entanto, para a Sage, existem setores onde o Big Data é já determinante, como o do retalho, principalmente quando conjugado com o retalho online. “É uma tendência que está muito relacionada com o consumo ou as previsões de consumo baseadas em dados comportamentais, principalmente registados online”. Mas, para Rui Nogueira, também existem outros casos, por exemplo, em algumas áreas da saúde em que este avanço se tem revelado bastante importante. “Este é uma tendência que se tem vindo a generalizar à medida em que a tecnologia se torna mais abrangente e com um acesso mais simples”.
Assim, e para a Sage, as tecnologias Big Data são sobretudo capazes de lidar com dados digitais em grandes volumes, variedade e velocidade. E Rui Nogueira assume que permitindo analisar qualquer tipo de informação digital em tempo real ou muito próximo disso lhe confere alguma diferenciação. “Isto só por si apenas abre um enorme potencial às empresas e permite análises e respostas muito mais imediatas e fundamentadas em dados gerados momentaneamente relacionando-os com dados históricos e otimizados. Desta forma podemos criar rapidamente vários modelos de dados que permitam simular acontecimentos e oportunidades. Por exemplo, estudar tendências e projetar necessidades, logísticas relacionadas com determinados comportamentos atuais de consumo e não com hábitos de consumo ocorridos no passado”. E, obviamente, à medida que estas potencialidades passarem a estar mais acessíveis e que permitam maximizar a sua utilização, os ganhos de produtividade serão bastante significativos.
Dentro do portfólio Sage, o Big Data não pode ser categorizado como um sector, porque corresponde a um conjunto de soluções tecnológicas. “As soluções que disponibilizamos nesta área correspondem apenas a alguns componentes destas tecnologias. Por exemplo, as nossas soluções integradas de gestão geram, registam e capturam dados e disponibilizam todas as funcionalidade para análise desses dados (estruturados e não estruturados) correlacionando-os com outra informação externas à empresa”. Aliás, o core business da Sage é a produção de soluções de gestão totalmente integradas, que incluem soluções de BI e parte dos componentes necessários ao Big Data.
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