Edgar Ivo, Key Account Manager da Red Hat em Portugal foi responsável pela abertura do evento que ocorreu no Museu do Oriente .
Uma questão que pretendeu desmistificar foi que “os projetos open source não são apenas projetos de universidade, de um conjunto de programadores que no seu tempo livre gostam de contribuir para a comunidade, são, hoje garantidos por grandes organizações de IT”. O executivo falou do exemplo do OpenStack e dos seus contribuidores como HP, IBM e a própria Red Hat e de como isso contribui para uma rápida produção e consequente inovação no mundo open source.
A Red Hat traz valor através da equipa de engenharia que trabalha em projetos de comunidade mas também entreprise ready, ou seja, destinados ao mundo corporativo com suporte técnico, documentação e colaboração com os parceiros.
“Se as nossas organizações não estiveram preparadas para continuamente se reinventarem, mudarem os seus modelos de negócio e que o IT consiga responder a isso de forma ágil, vamos estar sempre em risco” afirmou o Key Account Manager.
O responsável da Red Hat diz que a companhia pode ajudar na disrupção digital e que o objetivo da conferência é demonstrar como. “Desenvolver novos modelos, como nos reorganizamos, alteramos a forma de operar para conseguir tirar partido da agilidade” são as questões que disse querer ver respondidas no final.
Em declarações à B!T Magazine, Edgar Ivo referiu que o mercado open source, em Portugal, tem ”uma maturidade reduzida” e que “há muito trabalho a fazer”. É preciso criar bases, como a presença de mais empresas a operar neste mercado para que as empresas confiem nas soluções e a adopção comece a crescer como acontece em Espanha, em que o mercado possui uma maturidade elevada.
O ano de 2016 tem sido “um ano de crescimento sustentado e constante” para a Red Hat e espera-se que “nos próximos 3 anos seja ainda mais agressivo”. Em Portugal, “estamos também a crescer mas essencialmente a criar bases para que esse crescimento seja maior. “
Relativamente a 2017, as perceptivas são de crescimento “fundamentalmente em duas grandes áreas DevOps, em OpenStack, e clouds híbridas. Estas são as duas vertentes, uma mais voltada para a área do desenvolvimento e a outra para as infraestruturas”.
O armazenamento é outra das áreas importante para a Red Hat pois “é uma peça fundamental na perspectiva das clouds privadas. A cloud privada para ser ágil precisa de ter uma componente de storage definida por software”. O responsável da Red Hat indicou-nos que a empresa já está a ter o reconhecimento devido por parte dos analistas, ao ter sido considerada visionária no quadrante mágico da Gartner e líder em cloud suite no quadrante da Forrester.
Gabriel Coimbra, Country Manager da IDC Portugal falou do papel do open source na transformação digital. Relativamente à disrupção digital, como prefere chamar, o responsável da consultora no nosso país, indicou que a mesma tem vindo a ser alavancada na cloud, no Big Data, na mobilidade e nas redes sociais e por aceleradores de inovação como o IoT, a Realidade Virtual e Aumentada, a robótica, entre outros.
“Em 1960, a esperança média de vida das organizações era de 61 anos e hoje, é de 20” acrescentou. Os modelos de negócio estão a mudar e as empresas têm de acompanhar essa mudança. Um exemplos dado foi o da BMW que diz querer ser líder na transformação digital na indústria automóvel e que vê como seus concorrentes não os outros tradicionais fabricantes de automóveis mas sim empresas como a Tesla, Google, Uber e Apple.
“O grande desafio e onde entra o open source, é na capacidade das organizações conseguirem gerir o seu legado processual e tecnológico, gerir aquilo que foi desenvolvido nos últimos anos e, portanto, terem capacidade de com a sua infraestrutura tecnológica fazerem disrupção, nomeadamente a nível dos data centers”. A IDC identifica três áreas de disrupção a esse nível, são elas: a cloud, a nível de tecnológico, Big Data, a nível de workloads e DevOps a nível de pessoas e processos.
Gabriel Coimbra disse que os benefícios dos ecossistemas em código aberto são a customização, os custos mais baixos e o facto das empresas deixarem de estar dependentes dos vendedores de software.
Paulo Santos, CIO da Cetelem falou da implementação das soluções Red Hat na empresa e de como o ROI foi bastante rápido. A empresa trabalha com JBoss e Fuse mas querem dar o salto para OpenShift.
Para falar de DevOps e mobilidade, o evento contou com a presença de Miguel Angel Diaz, Business Development Manager – Middleware da Red Hat. O executivo disse que “DevOps significa negócio” que são o início da jornada que acaba na automização e referiu os casos de sucesso de implementação de OpenShift no BBVA, Santander e Amadeus.
A SIBS também veio apresentar o seu caso de sucesso através de Tiago Mateus da Direção de Sistemas Informação. O primeiro sistema em open source foi implementado nos anos 90 e neste momento possuem Red Hat Enterprise Linux, Red Hat Enterprise Virtualization e JBoss EAP. A entidade começou a fazer há 1 ano uma consolidação de plataformas de x86 /Linux que estimam irá traduzir-se numa redução de 70% em hardware.
A SIBS escolheu a Red Hat por ser open source, pelo suporte, SLA, a segurança, a compatibilidade e a oferta diversificada com grandes benefícios a nível da redução do esforço de gestão, maior agilidade e eficácia assim como a possibilidade de monitorização integrada através da API REST.
No futuro imediato, “a SIBS está a desenvolver uma solução de mobile POS” e também “uma solução de digital payment gateway que tem como objetivo criar uma interface unificada para múltiplos métodos de pagamento para os comerciantes usarem nos seus portais” tudo isto desenvolvido com base nas soluções Red Hat.
“A nossa expectativa é continuar a inovar, a melhor os nossos produtos e a diversifica-los” com a ajuda do open source, finalizou Tiago Mateus.
Sérgio Seabra, Senior Solution Architect e Ana Rocha, Business Development Manager – Storage, da Red Hat fecharam a conferência a falar de cloud hibrída e armazenamento.
Ana Rocha disse que a “flexibilidade é crucial para crescer de forma escalável” e referiu como há um novo paradgima no storage em virtude do elevado número de dados não estruturados que é necessário armazenar como fotografias, vídeos e áudios mas recorrendo a soluções mais económicas. A especialista em storage referiu que uma das grandes vantagens de um ecossistema aberto é “que não está dependente de appliances nem fabricantes“.
Sérgio Seabra finalizou com um vídeo com uma demo de negócio que demonstrou a agilidade de processos e todos os benefícios do open source.
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