Receitas da Oracle na nuvem crescem 40% no trimestre

Em comparação com o mesmo período do ano passado, estes números mostram um crescimento mais acelerado dos negócios na nuvem, que quase compensou os recuos nas vendas de software e hardware on-premise. Apesar da quebra nas receitas totais, Wall Street não penalizou a Oracle, visto que as ações estiveram a subir 4% nas trocas fora de horas após o anúncio.

O total das receitas na oferta cloud foi de 735 milhões de dólares (660 milhões de euros), um crescimento de 40% em relação ao mesmo trimestre de 2015. A subida teria sido de 44% sem o impacto cambial, algo que a empresa sublinhou no comunicado e na conferência com analistas. “O fortalecimento do dólar americano contra as moedas internacionais teve um impacto significativo nos resultados do trimestre”, referiu a Oracle. Ainda assim, mesmo excluindo este impacto cambial, os lucros totais desceram 8% para 1,9 mil milhões de euros.

Dentro do segmento nuvem, as receitas de software como serviço (SaaS) e plataforma como serviço (PaaS) atingiram os 524 milhões de euros, mais 57% que no homólogo; já as vendas de infraestrutura como serviço (IaaS) caiu 2% para 137 milhões de euros, mas teriam subido 2% em câmbio constante.

A co-CEO da Oracle, Safra Catz, sublinhou que a receitas de SaaS e PaaS na nuvem tiveram o maior crescimento e as margens brutas dispararam de 43% no segundo trimestre fiscal para 51% nos últimos três meses. “O nosso negócio de nuvem está agora numa fase de hiper crescimento. As margens brutas estão a subir em direção ao alvo de 80%”, referiu. “Estes dois fatores vão originar crescimentos substanciais de ganhos por ação e cash flow nos próximos trimestres da Oracle.”

Mark Hurd, o outro co-CEO, salientou que a empresa ganhou 942 novos clientes SaaS no trimestre, “incluindo vários que migraram de Workday HCM para Oracle Fusion HCM”, adiantou.  A tecnológica tem agora 11 mil clientes SaaS com perto de 2 mil de Fusion ERP.

O chairman e diretor de tecnologia Larry Ellison acrescentou que a Oracle “já vende mais SaaS e PaaS na nuvem que qualquer outra empresa no mundo, incluindo a Salesforce.com.”

No que respeita às receitas de hardware, o trimestre registou uma quebra de 13% para 989 milhões de euros, enquanto as receitas de software on-premise recuaram 4% para 5,6 mil milhões e as vendas de serviços baixaram 7% para 712 milhões.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

Recent Posts

Carris Metropolitana tem novo website mobile-first

Depois do lançamento da app, o site surge agora com novas funcionalidades e mais transparência…

2 dias ago

Bit2Me STX inicia testes Sandbox para bolsa de valores blockchain

O Bit2Me STX é uma das primeiras infraestruturas do mercado financeiro blockchain destinada a operar…

3 dias ago

150 mil euros para promover a inovação na Indústria

Bolsa Jorge de Mello é dirigida a investigadores em Portugal e visa impulsionar a investigação…

3 dias ago

UCP é reconhecida como a instituição universitária mais empreendedora em Portugal

O ranking reconhece e destaca o papel crescente das universidades na promoção do empreendedorismo em…

7 dias ago

Visa vai equiparar criadores de conteúdo a PME

O objetivo desta medida é o crescimento económico e o acesso a pagamentos online seguros…

1 semana ago

MEO Empresas lança acesso à internet com velocidades simétricas de 100Gbps

Este novo serviço é especialmente indicado para fornecedores de conteúdos e sites transacionais que procuram…

1 semana ago