Receita da IBM supera previsões com sinal positivo na nuvem
A receita da IBM no terceiro trimestre caiu 1%, para US$19,2 bilhões, e os lucros recuaram 4% para US$2,9 bilhões. Ainda assim, foram resultados melhores que o esperado, com sinais positivos nas áreas que a empresa considera “imperativos estratégicos.”
São elas a nuvem, analítica, mobilidade e segurança. A receita dessas áreas cresceu 16%, para US$ 8 bilhões, o que mostra vitalidade numa altura em que os segmentos mais tradicionais de hardware e armazenamento IBM estão em queda.
“A performance da IBM no terceiro trimestre, liderada por um crescimento continuo de dois dígitos nos nossos imperativos estratégicos, é um testemunho de nossa liderança nas soluções cognitivas e na nuvem”, afirmou a CEO da empresa, Ginni Rometty, no press release sobre os resultados.
No entanto, é o 18º trimestre consecutivo de declínio, e Wall Street atribuiu nota negativa à empresa, pressionando as ações a baixarem mais de 3%.
De todos os imperativos, a nuvem foi a que cresceu mais no trimestre: a receita deu um salto de 44%, tendo somado nos últimos 12 meses um total de US$ 12,7 bilhões. No subsegmento de cloud as-a-Service, o aumento foi significativo, de US$ 4,5 bilhões no mesmo período de 2015 para US$ 7,5 bilhões.
Já a analítica subiu 15%, a receita proveniente de mobilidade 19% e a área de segurança 11%.
As soluções cognitivas, nas quais a IBM está a apostar muito, também deram sinais de crescimento: mais 4,5% para US$ 4,1 bilhões. No caso de serviços tecnológicos e plataformas nuvem, o que inclui serviços de infraestrutura e suporte técnico, a receita melhorou 2,4%.
As más notícias ficaram do lado da área de Sistemas, o que inclui hardware e sistemas operacionais: a queda foi de 21% para US$ 1,6 bilhões. “A receita reflete as dinâmicas do ciclo de produto do zSystems”, explica a IBM.
No que diz respeito à Global Financing, o volume de negócios desceu 7,9% para US$ 412 milhões, e os Global Business Services – que incluem consultoria e gestão de aplicações – caíram ligeiramente, 0,4%, para US$ 4,2 bilhões.
“Durante todo o ano, continuamos a investir onde vemos as maiores oportunidades para criar novos mercados e reforçar a nossa posição de liderança no TI corporativo”, defendeu Martin Schroeter, diretor financeiro da IBM. “Isso incluiu mais de US$ 12 bilhões em investimento, P&D e aquisições esse ano.”
Ginni Rometty lembrou ainda a importância das novas tecnologias Watson e cloud, com mais clientes a implementarem soluções blockchain e aplicações cognitivas no retalho.