Quarta edição do Testing Portugal supera expectativas

Decorreu ontem, no SANA Malhoa Hotel a quarta edição do Testing Portugal 2013. O evento juntou representantes nacionais e internacionais para falarem das tendências no mercado de testes de software.

O evento superou todas as expectativas, tendo conseguido ultrapassar o número de participantes da última edição. Cerca de 300 pessoas estiveram no evento que juntou profissionais nacionais e internacionais da área de testes, Test Managers, decisores na área da garantia da qualidade de Software e profissionais de áreas relacionadas com testes de software.

Durante a manhã foram vários os oradores que passaram pelo auditório da Testing Portugal.

Luís Matos, Consultor de Gestão de Testes da Noesis, focou a sua apresentação nos testes de Segurança Aplicacional. Com as inúmeras quebras de segurança em páginas nacionais e internacionais noticiadas todos os dias, é necessário perceber quais são as vertentes de avaliação de risco.

Luís Matos enumerou três fatores: disponibilidade, visibilidade e impacto do negócio. As ameaças podem ser internas e externas e, por isso, é necessário a implementação de testes de segurança baseados em quatro pilares – Educar, Incluir, Permitir e Reportar.

O orador referiu ainda que os custos contra ataques têm vindo a aumentar, tal como o número de ataques bem sucedidos. “Uma quebra de segurança informática, não é mais cara que os testes de segurança aplicacional”.

De seguida, foi a vez de Geoff Thompson da Experimentus Ltd tomar a palavra. O orador convidado pela WinTrust falou das melhorias de software e questionou os presentes sobre a continuação de problemas, quando a qualidade é cada vez maior. O representante da Experimentus Ltd apresentou ainda alguns casos de estudo.

Ana Sofia Penim da Novabase foi outra das oradoras presentes. Começou por falar do conceito de testes e do pouco tempo que as equipas têm para validar o produto para o cliente. Foi com base neste dilema que lançou a primeira questão: Como otimizar a atividade de Testing?

A oradora falou em quatro passos fundamentais: Analisar, encontrar padrões, reutilizar e comunicar. Todo este processo tem de ser feito em equipa, para que desta forma possam otimizar tempo e obter melhores resultados.

Para além da questão do tempo, Ana Penim falou ainda da aprovação que o cliente tem de fazer e, normalmente demora algum tempo.

A Novabase apostou num novo conceito e trouxe o cliente para junto da equipa, ou seja, construir um caminho em conjunto para encontrar uma solução, sem que mais tarde sejam surpreendidos.

Antes da pausa para almoço, houve tempo para um Debate onde foram discutidas experiências de integração de equipas de testes em empresas.

Depois do almoço decorreram várias sessões paralelas. Na sala um, o primeiro a tomar a palavra foi Tiago Neto Rodrigues da Critical Software. O orador apresentou um caso de estudo, falando de todas as etapas do processo.

O desafio era selecionar e implementar uma ferramenta de testes e a solução passava por escolher a ferramenta certa. Para evitar a necessidade de competências específicas, foi selecionada uma solução baseada numa abordagem Keyword-Driven. O Robot Framework, que veio trazer o que era necessário para a empresa.

Antes de terminar a sua apresentação, Tiago Rodrigues falou ainda dos benenfícios que esta ferramenta trouxe para a empresa e apresentou dados do caso de estudo que foi feito internamente.

Seguidamente, Nuno Sá Couto, Gestor de Divisão de Testes da PT Inovação apresentou o caso de estudo da sua empresa, focando-se nos novos paradigmas da automação de testes de sistema.

Os objetivos passavam por obter mais qualidade em menos tempo. O desafio era produzir soluções altamente customizadas em que o cliente tem um grande poder de influência. A estratégia da equipa passou pela criação de uma Framework capaz de alavancar a automação.

José Manuel Marques da Link Consulting apresentou uma plataforma integrada para testes em arquiteturas orientadas a serviços. O orador falou dos principais problemas dos testadores em arquiteturas SOA e de como ultrapassaram estes problemas. A solução passou por agregar numa plataforma integrada diversos tipos de ferramentas.

Antes de terminar a sua apresentação, o representante da Link apresentou um caso prático – serviços de messagin.

Um dos últimos oradores, mas não menos importante, foi Luís Calado de Sousa da Microsoft. O orador falou de como manter uma plataforma de testes na Cloud.

As aplicações hoje têm uma grande complexidade, mas também existem mais pessoas a utilizar essas aplicações. É por isso, essencial, que os testes a essas aplicações sejam mais exigentes e de maior qualidade. A Microsoft começou a criar data centers  para empresas que querem testar as suas aplicações e, assim, iniciar um teste num ambiente de produção com milhares de processadores.

Antes do final da sua apresentação, falou ainda dos tipos de testes e dos desafios para este tipo de plataformas.

Lara Veríssimo

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