Qualcomm e Ricardo assinam acordo para carros elétricos

A Qualcomm Halo é uma tecnologia de carregamento sem fios, WEVC – Wireless Electric Vehicle Charging, e a Ricardo especializa-se em consultoria de engenharia, estratégia e ambiente, com um histórico de experiência e competências na engenharia de veículos. A junção das duas engloba o licenciamento da tecnologia e a colaboração entre os departamentos de engenharia.

É isso que sublinha Steve Pazol, vice presidente e diretor geral da unidade de carregamento sem fios da Qualcomm. “A Ricardo traz uma grande riqueza de experiência em engenharia automóvel e um foco no desempenho, soluções de engenharia avançada e um grande conhecimento da direção que a indústria automóvel está a tomar”, explicou, em comunicado. As duas empresas lembram que há um foco cada vez maior das construtoras automóveis nos carros elétricos e híbridos, na busca de maior redução das emissões de gases. E o sucesso preliminar do Model 3 da Tesla mostra que há cada vez mais apetite por parte dos consumidores.

Pelo lado da Ricardo, o CEO Dave Shemmans sublinha que o carregamento sem fios é muito promissor na capacidade de levar a uma maior adesão a veículos elétricos ou híbridos, com efeitos ambientais positivos. A firma poderá assim “desenvolver soluções baseadas na tecnologia Qualcomm Halo como parte integral do portfólio de veículos de baixas ou zero emissões e tecnologias de transportes.” A ideia é que uma técnica de carregamento mais fácil encorajará mais construtoras e mais consumidores a aderir à onda dos carros elétricos.

A tecnologia Qualcomm Halo WEVC foi desenvolvida com foco nos custos, otimização, interoperabilidade e coexistência com sistemas de veículos, diz a empresa. O carregamento por indução será o standard no futuro, acredita a Qualcomm, e uma das vantagens da Halo é que a transferência de energia funciona sem ser necessária grande proximidade e mesmo que o carro não esteja perfeitamente alinhado no local de carregamento. A empresa defende mesmo que o carregamento por indução é “mais eficiente” que o método por cabos.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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