Os crescentes volumes de dados produzidos pelas Tecnologias de Informação tomam, por vezes, tamanhas proporções que assoberbam as organizações, entorpecendo, assim, os seus processos de decisão. Emerge, desta forma, a necessidade de organizar estes mesmos dados, de os converter em munições de que a organização disporá para potenciar o seu crescimento. Recentemente, a Qlik lançou o Qlik Sense, uma solução de Business Intelligence que permite a estruturação dos dados, e que coloca nas mãos de mais utilizadores o poder de análise e de inferência. Em entrevista à B!T, Rodolfo Vale, Territory Sales Manager da Qlik, falou sobre o novo produto e de que forma este impacta as organizações.
BIT: O Qlik Sense é um reflexo do fenómeno do Big Data e dos enormes volumes de dados gerados pelas TI, e que acaba também por ser fruto da necessidade de operacionalizar esses mesmos dados, de torná-los úteis. De que forma é que o Qlik Sense vem beneficiar as organizações?
Rodolfo Vale: O Qlik Sense vem responder, claramente, a uma necessidade que existe no mercado de BI (Business Intelligence) e que até é apontada por alguns analistas, como por exemplo a Gartner, como governance self-service data visualization, ou seja, a necessidade de dar a máxima flexibilidade e autonomia aos utilizadores para explorarem os seus dados e extrair daí conhecimento, e, ao mesmo tempo, permitir que dentro da organização exista um controlo de todo este ambiente, nomeadamente por parte de uma equipa de sistemas de informação, uma equipa de IT que consiga fazer um controlo central, para que, obviamente, não se caia num caos que é, tipicamente, o que acontece quando se faz isto com folhas de Excel e PowerPoints. Portanto o Qlik Sense vem dar essa capacidade a qualquer utilizador, que não tem que ter um background técnico, não tem que ser uma pessoa com conhecimentos técnicos, para rapidamente poder ligar-se aos seus dados, explorar a informação, através de um ambiente drag-and-drop, criar as suas visualizações, ir conhecendo os dados, ir fazendo novas perguntas à medida que vai conhecendo esses dados e encontrar as respetivas respostas, dando-lhe também [ao utilizador] a capacidade de partilhar isso com outras pessoas, e até de construir aquela parte de apresentação, uma storyline, para partilhar o que descobriu e o que pode trazer valor para a organização.
(…) Vemos cada vez mais as empresas a recolherem grandes volumes de dados (cada vez mais recolhemos dados de tudo e mais alguma coisa), e depois a não saberem o que fazer com esses dados. Investem em infraestruturas de hardware para guardar esses dados, e depois não os exploram, não os conhecem. E cada vez mais, dentro das organizações, temos pessoas que estão habituadas a tecnologia, querem rapidez, querem estes processos nos dispositivos móveis. Portanto, o Qlik Sense vem por na mãos desses utilizadores a possibilidade de eles explorarem esses dados com este produto.
BIT: Murray Grigo-McMahon (Design Strategist da Qlik) referiu que as estratégias de BI das empresas são, pelo menos por agora, muito baseadas em mitos que se criaram à volta do Business Intelligence. Concorda quando ele diz que isso é uma realidade e que precisam de ser feitos investimentos?
RV: Sim, concordo. E posso dar a minha opinião, de aquilo que eu realmente encontro no mercado. Os investimentos que são feitos na área do BI ainda são muito focados para servir uma gestão de topo ou, se calhar, diretores de primeira linha. Foi um bocado a mensagem que o Murray quis passar. As pessoas que são servidas dentro da organização estão muito no topo, mas depois a maior fatia das pessoas dentro de uma organização simplesmente não têm acesso aos dados, ou têm acesso já a uma visão muito estática dos dados, que não lhes permite fazerem as suas próprias análises, investigarem mais, colocarem as suas próprias perguntas e responderem. Nesse aspeto, eu acho que muitas empresas ou ainda não perceberam ou ainda não estão suficientemente maduras e seguras do ponto de vista de BI para estenderem uma ferramenta como esta a mais utilizadores, porque, efetivamente, eles vão trazer valor para a organização.
BIT: Portanto, o Qlik Sense acaba por ser uma ferramenta de democratização do processo de decisão das organizações.
RV: Tal como o Qlik View já o era, não tenho dúvidas que o Qlik Sense vai conseguir chegar ainda a mais pessoas dentro da organização, seguramente.
BIT: Qual é o impacto que vocês esperam que o Qlik Sense tenha no mercado português? O que é que vocês esperam alcançar?
RV: O que nós esperamos é conseguir satisfazer esta necessidade que existe no mercado, a nível global. Obviamente aqui em Portugal também existirá. E estender a nossa oferta. Onde já tínhamos o Qlik View, mais focado na construção das tais aplicações de BI mais guiadas, vamos agora complementar com o Qlik Sense, numa ótica mais de self-service data visualization. Eu acredito que haverá certamente clientes que já têm o Qlik View e que poderão complementar com o Qlik Sense, para um tipo de utilizadores e um conjunto de pessoas para os quais este produto faça sentido. E certamente muitas empresas que ainda não têm nada [em termos de BI], ou não têm o Qlik View, por exemplo, vão olhar para o Qlik Sense e vão achar que isto vai conseguir satisfazer as necessidades que têm e adotá-lo.
BIT: Que feedback é que os vossos parceiros vos deram relativamente ao Qlik Sense? Que dificuldades é que têm e o que é que eles esperam colmatar com o Qlik Sense?
RV: Os nossos parceiros têm sido, se não todos, pelo menos os principais, envolvidos na evolução do produto, que estamos a desenvolver há algum tempo, com o lançamento formal em setembro passado. O feedback tem sido muito bom. Isto porque durante o processo eles foram envolvidos, e portanto também tiveram oportunidade para dar no seu input e feedback, e nós obviamente tivemos isso em consideração. E agora em termos de resultados temos tido o melhor feedback não só de parceiros, como também de todos os clientes a que já apresentámos o Qlik Sense. Estamos muito seguros de que este produto vai ter bastante sucesso.
BIT: E quando adotaram o Qlik Sense o que é que eles esperavam reestruturar nas suas organizações?
RV: Nós ainda não temos propriamente casos de implementação, dado que o produto foi lançado recentemente, há cerca de um mês. Ainda não temos já casos práticos de implementação. Mas o que os parceiros esperam – ajudando também a levar esta mensagem, a posicionar o produto junto do mercado e junto dos potenciais clientes – é esta capacidade, de maneira simples e fácil, tomar o controlo, através do IT, de dar a mais utilizadores a capacidade para poderem explorar informação dentro das organizações, onde outras ferramentas de BI mais tradicionais não conseguiram chegar e não conseguiram satisfazer.
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