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Profissionais de TI querem mais diversidade de género    

O estudo mostra que 38% das mulheres que trabalham em TI foram desencorajadas em seguir uma carreira na área quando comprovaram a diferença de género existente na sua empresa. Quase metade de profissionais de TI reconhece que trabalham em equipas maioritariamente compostas por homens, em comparação com apenas 7% na Europa, que trabalha em equipas do sexo feminino.

Mais de metade (55%) das mulheres em TI demonstra ter mais relutância em integrar uma empresa com desequilíbrio de género: em comparação com apenas 38% dos homens na Europa. 

Das principais conclusões do estudo da Kaspersky Lab, destaque para :

  • Mais de um terço (37%) das mulheres em TI afirmam que a falta de mulheres na indústria fez com que colocassem em causa o objetivo de seguir uma carreira no setor de tecnologia;
  • Quase um terço de mulheres gestoras admitem que os homens se intrometem na sua atividade profissional diária;
  • 40% das mulheres que tomam decisões de TI acreditam que governos e universidades devem usar incentivos para atrair mais mulheres para carreiras tecnológicas;
  • Tanto homens quanto mulheres foram positivos sobre suas experiências no setor de TI, dizendo que era “estimulante” (57% homens vs 59% mulheres) e “colaborativo” (51% homens vs 49% mulheres). Menos de um quarto relatou que era stressante (22% homens vs 24% mulheres);
  • Um bom salário é a característica mais atraente de qualquer trabalho de TI para 46% das mulheres e 49% dos homens.

“Em toda a Europa, a presença de mulheres em TI é claramente insuficiente. Embora não haja uma solução imediata que possa reverter a clara lacuna de género no nosso setor, nosso estudo e debate ajudam-nos a entender melhor como podemos aumentar o interesse pelas áreas da tecnologia e da cibersegurança e torná-las mais atraentes e acessíveis às mulheres. Não estamos falar apenas de carreiras profissionais individuais, mas de como a indústria da cibersegurança pode beneficiar da incorporação de mais mulheres, oferecendo uma abordagem diferente quando se trata de identificar, analisar e proteger contra ameaças cibernéticas “, disse Ilijana Vavan, diretora-geral da Kaspersky Lab na Europa.

Para India Lucas, gestora para os temas de talento, diversidade e competência na techUK, é fundamental definir o que é que entendemos por tecnologia: “Precisamos de desafiar as perceções atuais face ao que é entendimento como uma carreira na área da tecnologia. Não é fácil. As empresas devem desafiar os departamentos de RH para a identificação de candidatas e, a realidade é que precisamos de mais informação para sermos capazes de desafiar esta tendência inconsciente.”

Wincie Wong, responsável por Digital Proposition na RBS e membro fundador do Capítulo “Tech She Can” da PWC, comenta: “Precisamos de insistir na ideia de o que é que uma carreira em tecnologia pode fazer pelas raparigas e jovens no contexto do mundo tecnológico no qual nos inserimos, concentrando-nos menos nos naqueles que são os elementos técnicos e mais no valor que podem acrescentar. Também temos de trabalhar para mudar a linguagem em torno da tecnologia, para que esta seja mais neutra no que diz respeito ao género e menos desencorajador para as mulheres.”

Ewa Magiera é responsável das Comunidades para a Code First Girls, que tem como objetivo aumentar a diversidade de género na tecnologia. “Há uma grande insistência na componente matemática da tecnologia, que pode chegar a ser desagradável, especialmente quando a tecnologia é muito mais ampla do que a simples programação. Outras habilidades, como a criatividade e a empatia, são também de grande valor na tecnologia.”

Tanto o inquérito como a mesa redonda realizada nos escritórios da Kaspersky Lab UK, na qual intervieram os porta-vozes citados anteriormente, servirão para que a Kaspersky Lab consiga comunicar os seus próprios compromissos no momento de inspirar as mudanças na indústria e, serão anunciados, ao mesmo tempo, este ano como parte da sua iniciativa CyberStarts.

Redação Silicon

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